Contração económica
esperada por Bruxelas fica uma décima abaixo da do Governo
A Comissão Europeia prevê uma recessão de 1,9%
este ano em Portugal, nas previsões económicas de inverno, divulgadas esta
sexta-feira de manhã.
Em 2014, a projeção da Comissão, que assenta no pressuposto de que as políticas se mantêm inalteradas, espera já uma recuperação de 0,8% na economia nacional.
A contração esperada no Produto Interno Bruto (PIB) fica assim uma décima abaixo daquela que o Governo prevê, já que, há dois dias, o ministro das Finanças adiantou que a recessão seria o dobro do anteriormente apontado, ou seja, seria de 2% em vez de 1%.
No que toca à taxa de desemprego, Bruxelas aponta para 17,3% da população ativa este ano, descendo depois para 16,8% em 2014.
O ministro admitiu também que a projeção da taxa de desemprego poderá ter de ser revista. Atualmente, o Governo mantém ainda a sua previsão para o desemprego, de 16,4% no conjunto deste ano. Uma taxa difícil de alcançar, tendo em conta que, no último trimestre de 2012, a taxa ficou já nos 16,9%.
Das projeções da Comissão consta ainda uma previsão de dívida e défice. Bruxelas revela que o défice deste ano deverá situar-se nos 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em vez dos 4,5% que são a meta acordada pelo Governo. Em 2014, o défice deverá baixar para 2,9%.
Recorde-se que, na passada quarta-feira, Vítor Gaspar disse também que a recessão maior do que o esperado terá impacto na consolidação orçamental pelo que é «razoável conjeturar» que Bruxelas daria mais um ano a Portugal para consolidar as contas públicas. Um ano que Bruxelas não garantiu dar a Portugal, apesar de ter admitido dar mais tempo aos países em dificuldades, desde que sejam cumpridores dos seus compromissos.
Bruxelas divulgou ainda as previsões para toda a Zona Euro em 2013, esperando umacontração de 0,3%, com a austeridade a travar a retoma.
Ano passado pior que o previsto prejudica este ano
Considerando «inesperada» a dimensão da queda do PIB no quarto trimestre do ano passado, que elevou para 3,2% a contração do conjunto do ano, Bruxelas diz que a mesma se deveu a uma contração pronunciada na procura interna e a uma desaceleração nas exportações na parte final do ano.
A destruição de emprego foi também maior que a prevista, o que levou a taxa de desemprego média anual do ano passado para 15,7%, superior aos 15,5% esperados na mesma altura pelo Governo e pela troika.
Por isso, a revisão em baixa das previsões deve-se, em 75%, a efeitos mecânicos dos maus resultados de 2012, e em 25% a uma perspetiva menos otimista sobre o que podem vir a ser as exportações portuguesas e ainda os desenvolvimentos mais negativos do mercado de trabalho.
Previsões ainda podem ser revistas em baixa
A retoma será gradual na segunda metade do ano, mas existem riscos consideráveis de a realidade ser ainda pior que as atuais previsões, em especial devido ao elevado desemprego.
A Comissão admite assim voltar a cortar as projeções para a economia nacional, já no próximo mês de março, quando forem divulgadas as contas nacionais trimestrais com mais detalhe (a 11 e a 28 de março), caso os próximos números do desemprego apresentem novo agravamento.
«Os riscos para as perspetivas macroeconómicas estão claramente inclinadas para a negativa uma vez que o maior agravamento que o esperado na situação do mercado de trabalho poderá apontar para uma deterioração persistente nas perspetivas de crescimento. Se isto for confirmado quando forem divulgados os dados com a composição da contração no último trimestre de 2012, mais revisões em baixa podem ser necessárias», refere.
Em 2014, a projeção da Comissão, que assenta no pressuposto de que as políticas se mantêm inalteradas, espera já uma recuperação de 0,8% na economia nacional.
A contração esperada no Produto Interno Bruto (PIB) fica assim uma décima abaixo daquela que o Governo prevê, já que, há dois dias, o ministro das Finanças adiantou que a recessão seria o dobro do anteriormente apontado, ou seja, seria de 2% em vez de 1%.
No que toca à taxa de desemprego, Bruxelas aponta para 17,3% da população ativa este ano, descendo depois para 16,8% em 2014.
O ministro admitiu também que a projeção da taxa de desemprego poderá ter de ser revista. Atualmente, o Governo mantém ainda a sua previsão para o desemprego, de 16,4% no conjunto deste ano. Uma taxa difícil de alcançar, tendo em conta que, no último trimestre de 2012, a taxa ficou já nos 16,9%.
Das projeções da Comissão consta ainda uma previsão de dívida e défice. Bruxelas revela que o défice deste ano deverá situar-se nos 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em vez dos 4,5% que são a meta acordada pelo Governo. Em 2014, o défice deverá baixar para 2,9%.
Recorde-se que, na passada quarta-feira, Vítor Gaspar disse também que a recessão maior do que o esperado terá impacto na consolidação orçamental pelo que é «razoável conjeturar» que Bruxelas daria mais um ano a Portugal para consolidar as contas públicas. Um ano que Bruxelas não garantiu dar a Portugal, apesar de ter admitido dar mais tempo aos países em dificuldades, desde que sejam cumpridores dos seus compromissos.
Bruxelas divulgou ainda as previsões para toda a Zona Euro em 2013, esperando umacontração de 0,3%, com a austeridade a travar a retoma.
Ano passado pior que o previsto prejudica este ano
Considerando «inesperada» a dimensão da queda do PIB no quarto trimestre do ano passado, que elevou para 3,2% a contração do conjunto do ano, Bruxelas diz que a mesma se deveu a uma contração pronunciada na procura interna e a uma desaceleração nas exportações na parte final do ano.
A destruição de emprego foi também maior que a prevista, o que levou a taxa de desemprego média anual do ano passado para 15,7%, superior aos 15,5% esperados na mesma altura pelo Governo e pela troika.
Por isso, a revisão em baixa das previsões deve-se, em 75%, a efeitos mecânicos dos maus resultados de 2012, e em 25% a uma perspetiva menos otimista sobre o que podem vir a ser as exportações portuguesas e ainda os desenvolvimentos mais negativos do mercado de trabalho.
Previsões ainda podem ser revistas em baixa
A retoma será gradual na segunda metade do ano, mas existem riscos consideráveis de a realidade ser ainda pior que as atuais previsões, em especial devido ao elevado desemprego.
A Comissão admite assim voltar a cortar as projeções para a economia nacional, já no próximo mês de março, quando forem divulgadas as contas nacionais trimestrais com mais detalhe (a 11 e a 28 de março), caso os próximos números do desemprego apresentem novo agravamento.
«Os riscos para as perspetivas macroeconómicas estão claramente inclinadas para a negativa uma vez que o maior agravamento que o esperado na situação do mercado de trabalho poderá apontar para uma deterioração persistente nas perspetivas de crescimento. Se isto for confirmado quando forem divulgados os dados com a composição da contração no último trimestre de 2012, mais revisões em baixa podem ser necessárias», refere.
=TVI24=
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