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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Portas reúne com a troika e junta-se a Gaspar


CDS quer ficar associado ao ‘princípio do fim’ do ajustamento e à baixa de impostos. Guião para a reforma do Estado ainda demora
Paulo Portas reúne-se nos próximos dias com a equipa da troika e vai acompanhar o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ao debate de urgência sobre a sétima revisão que o PS pretende agendar para a próxima sexta-feira.

O líder do CDS e parceiro de coligação no Governo vai assumir claramente o seu lugar na primeira linha do que o Executivo entende ser a fase final da estratégia de saída da crise. Depois da consolidação das contas – "dois terços do ajustamento orçamental estão já concluídos", disse Gaspar, esta quarta-feira –, Portas, que vai também liderar a reforma do Estado, quer ficar associado "ao princípio do fim" do Programa de Ajustamento Económico.

Esta semana, os membros da troika vão reunir com o primeiro-ministro, uma parte dos ministros e os parceiros sociais. Na semana seguinte, sentar-se-ão à mesa com o grupo de trabalho do IRC, liderado pelo centrista António Lobo Xavier. Com um programa intenso na agenda da 7.ª avaliação, a troika só falará com os deputados a 5 de Março.

O novo papel de Paulo Portas deixou confortados os centristas, depois de uma fase complicada e mesmo de contestação na preparação do Orçamento do Estado.

O eurodeputado Diogo Feio salienta a "coerência" do CDS por pedir cortes na despesa estrutural. "Manteve sempre a mesma linha política e disse que, quando houvesse condições, iria baixar os impostos" – afirmou, referindo-se ao IRC, que vai ser alterado ainda este ano.

A nova fase, em que Gaspar e Portas estão agora unidos, é a do relançamento da economia e ambos estão convencidos que isso só será possível através do estímulo fiscal, uma reivindicação que o CDS faz desde Outubro do ano passado.

Outro dirigente centrista antecipa que as linhas da reforma do Estado – que Portas ainda levará tempo a fechar – irão englobar o guião do próprio CDS, reflectido na carta que enviou em Janeiro à troika e que passava por rescisões na função pública, contratualização e concessões de serviços, convergências de salários e pensões dos funcionários públicos e dos do sector privado. "Nada no CDS acontece por acaso", comentou.


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