Tiroteio
em fábrica perto da cidade de Lucerna resultou, pelo menos, em três pessoas,
todos de nacionalidade suíça, e fez sete feridos graves. Atirador é uma das
vítimas mortais.
Um tiroteio numa fábrica de processamento de madeiras provou
pelo menos três mortos, esta manhã, em Menznau, na Suíça. Segundo uma
testemunha citada pelo diário regional "Neue Luzerner Zeitung", um
homem entrou na cantina da fábrica e começou a disparar, tendo morto cinco
pessoas. As autoridades só confirma três óbitos e sete feridos, seis dos quais
em estado grave. Todas as vítimas terão nacionalidade suíça, afirmou a polícia,
às 14h.
O tiroteio ocorreu pelas 9h locais (8h em Lisboa) e o atirador
está entre os mortos, segundo a polícia. Trata-se de um homem de 42 anos,
funcionário de longa data da fábrica, pertencente à empresa Kronospan. O Neue
Luzerner Zeitung adianta que se trata de um praticante de kickboxing. Nada se
sabe sobre a arma, ignorando-se também como morreu o autor do ataque.
Segundo um funcionário ouvido por este jornal local, o atirador
era operador de máquinas e tinha problemas psicológicos. "No ano passado
ele mudou. Falava sozinho ou mesmo com pessoas que não estavam lá. Mal se podia
falar com ele", afirmou o funcionário, frisando, no entanto, que o homem
nunca fora agressivo. Urs Fluider, presidente do conselho de administração da
Kronospan, afirmou, porém: "O criminoso estava conosco há mais de dez
anos.
Era um homem tranquilo e não foram relatados incidentes causados por
ele."
Três helicópteros foram chamados ao local, para transportar quatro
feridos mais graves, segundo a Reuters, tendo as autoridades criado criada uma
linha telefónica de emergência para apoiar os familiares dos funcionários da
fábrica. Polícia, bombeiros e Instituto de Medicina Legal encontram-se no
local, que está com todos os acessos bloqueados.
"Estamos chocados", referiu o presidente do conselho de
administração da empresa, Urs Fluider, numa primeira declaração sobre o
tiroteio. O dirigente da fábrica garante que esta tenta "apoiar
financeiramente" todos os que lhe são próximos quando enfrentam
dificuldades, tencionando até criar um fundo para apoiar familiares das vítimas
de hoje. "É uma tragédia incrível para as famílias e para a nossa
comunidade", acrescentou o prefeito de Menznau, Adrian Duss-Kiener,
dizendo-se "sem palavras" perante um acontecimento
"incompreensível".
A Kronospan tem 410 trabalhadores, entre os quais dezenas de
portugueses, disse à Lusa Adelino Sá, o diretor de um jornal lusófono da
região. Em 2011 teve vendas de 280 milhões de francos suíços (230 milhões de
euros). Há dias foi notícia por ter reduzido a produção, devido à escassez de
matéria-prima. A colheita deste ano foi prejudicada pelo clima.
No mês passado, outro caso marcou a atualidade suíça, quando um
homem armado matou três mulheres e feriu dois homens na localidade de Daillon.
O crime desencadeou um debate sobre a legislação suíça sobre posse de armas.
Embora não existam estatísticas oficiais, estima-se que um em cada três habitantes possua uma arma. No país, a lei permite que os homens mantenham armas depois de cumprido o serviço militar e qualquer civil pode, a partir dos 18 anos, requerer uma autorização para comprar até três armas.
Embora não existam estatísticas oficiais, estima-se que um em cada três habitantes possua uma arma. No país, a lei permite que os homens mantenham armas depois de cumprido o serviço militar e qualquer civil pode, a partir dos 18 anos, requerer uma autorização para comprar até três armas.
=Expresso=
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