Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Não há portugueses entre os mortos do tiroteio na Suíça

Tiroteio em fábrica perto da cidade de Lucerna resultou, pelo menos, em três pessoas, todos de nacionalidade suíça, e fez sete feridos graves. Atirador é uma das vítimas mortais.

Um tiroteio numa fábrica de processamento de madeiras provou pelo menos três mortos, esta manhã, em Menznau, na Suíça. Segundo uma testemunha citada pelo diário regional "Neue Luzerner Zeitung", um homem entrou na cantina da fábrica e começou a disparar, tendo morto cinco pessoas. As autoridades só confirma três óbitos e sete feridos, seis dos quais em estado grave. Todas as vítimas terão nacionalidade suíça, afirmou a polícia, às 14h.

O tiroteio ocorreu pelas 9h locais (8h em Lisboa) e o atirador está entre os mortos, segundo a polícia. Trata-se de um homem de 42 anos, funcionário de longa data da fábrica, pertencente à empresa Kronospan. O Neue Luzerner Zeitung adianta que se trata de um praticante de kickboxing. Nada se sabe sobre a arma, ignorando-se também como morreu o autor do ataque.

Segundo um funcionário ouvido por este jornal local, o atirador era operador de máquinas e tinha problemas psicológicos. "No ano passado ele mudou. Falava sozinho ou mesmo com pessoas que não estavam lá. Mal se podia falar com ele", afirmou o funcionário, frisando, no entanto, que o homem nunca fora agressivo. Urs Fluider, presidente do conselho de administração da Kronospan, afirmou, porém: "O criminoso estava conosco há mais de dez anos.
 Era um homem tranquilo e não foram relatados incidentes causados por ele."

Três helicópteros foram chamados ao local, para transportar quatro feridos mais graves, segundo a Reuters, tendo as autoridades criado criada uma linha telefónica de emergência para apoiar os familiares dos funcionários da fábrica. Polícia, bombeiros e Instituto de Medicina Legal encontram-se no local, que está com todos os acessos bloqueados.

"Estamos chocados", referiu o presidente do conselho de administração da empresa, Urs Fluider, numa primeira declaração sobre o tiroteio. O dirigente da fábrica garante que esta tenta "apoiar financeiramente" todos os que lhe são próximos quando enfrentam dificuldades, tencionando até criar um fundo para apoiar familiares das vítimas de hoje. "É uma tragédia incrível para as famílias e para a nossa comunidade", acrescentou o prefeito de Menznau, Adrian Duss-Kiener, dizendo-se "sem palavras" perante um acontecimento "incompreensível".

A Kronospan tem 410 trabalhadores, entre os quais dezenas de portugueses, disse à Lusa Adelino Sá, o diretor de um jornal lusófono da região. Em 2011 teve vendas de 280 milhões de francos suíços (230 milhões de euros). Há dias foi notícia por ter reduzido a produção, devido à escassez de matéria-prima. A colheita deste ano foi prejudicada pelo clima.

No mês passado, outro caso marcou a atualidade suíça, quando um homem armado matou três mulheres e feriu dois homens na localidade de Daillon. O crime desencadeou um debate sobre a legislação suíça sobre posse de armas.
Embora não existam estatísticas oficiais, estima-se que um em cada três habitantes possua uma arma. No país, a lei permite que os homens mantenham armas depois de cumprido o serviço militar e qualquer civil pode, a partir dos 18 anos, requerer uma autorização para comprar até três armas.

=Expresso=


Sem comentários:

Enviar um comentário