ArmacSindicato
dos guardas prisionais alerta para o perigo de uma rebelião dos reclusos,
explica o Jornal de Notícias na edição de hoje.
A Associação Contra a Exclusão pelo
Desenvolvimento (ACDE) explica que a interrupção de gás registada na
terça-feira passada no Estabelecimento Prisional de Coimbra se deveu à falta de
pagamento à companhia fornecedora.
As dívidas rondam os 40 mil euros e a Direção-Geral de
Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) "terá abatido 10 mil euros, o que
assegurou o fornecimento de uma pequena quantidade de gás, explica a ACDE.
"É evidente que não se trata de uma normalização. Como
se sabe, nos dias de hoje, ou se pagam as dívidas por completo ou se fica nas
mãos dos credores", refere um comunicado enviado à agência Lusa.
A associação alerta ainda para o risco de voltar a existir,
a qualquer momento, nova interrupção no fornecimento de gás, que poderá
acontecer já no fim de semana.
Na terça-feira os reclusos tomaram o pequeno-almoço frio,
almoçaram por volta das 15:00 e ficaram privados de água quente.
A ACDE diz já ter informado o Provedor de Justiça,
Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça, Ministro da Justiça, e aos Presidentes
da República, da Assembleia da República (AR), da Comissão de Assuntos
Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da AR, da Comissão de
Direitos Humanos da Ordem dos Advogados e à Comissão Nacional para os Direitos
Humanos.
O estabelecimento prisional de Coimbra, contactado pela
Lusa, não quis fazer qualquer comentário.
A DGRSP, numa nota escrita enviada à Lusa, reafirmou que, no
"passado dia 19 se verificou um problema pontual no abastecimento de gás
ao estabelecimento prisional de Coimbra, tendo, nesse mesmo dia, sido
normalizado a situação".
O Jornal de Notícias, que cita o Sindicato Nacional do Corpo
da Guarda Prisional escreve ainda que na cadeia de Leiria os guardas prisionais
não tem água e só tem três opções: "ou vestem a farda sem tomar
banho, tomam em água fria ou tomam em casa".
O sindicato alerta ainda para o perigo de uma rebelião dos
presos nas cadeias onde se regista falta de gás.
SICNotícias/Com Lusa
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