A
maioria dos portugueses sente-se "cidadão europeu", mas 14% não veem
benefícios na União Europeia.
Em Portugal, 59% dos cidadãos sentem-se como europeus, mas 14% não
veem qualquer benefício na pertença à União Europeia, segundo o barómetro de
Outono (2012) da União Europeia, que hoje foi divulgado.
Não por acaso, o país europeu que apresenta o valor mais
baixo nesse sentimento é a Grécia (46%). A média na União é de 63%.
O inquérito, conduzido em novembro passado, revela ainda que
a livre circulação de pessoas e bens é, para 27% dos portugueses, o aspeto mais
positivo da União, seguido da paz (para 12%) e, em terceiro lugar, o bem-estar
(para 10%). Os 14% que não veem qualquer benefício não têm paralelo na UE, onde
a média é de 6%.
Todavia, apenas 35% dos inquiridos portugueses afirmam
conhecer os seus direitos como cidadãos europeus (a média na União Europeia é
de 46%), mas apenas 36% consideram que vale a pena conhecê-los - o valor mais
baixo em toda a União.
Os direitos que os portugueses estão interessados em
conhecer melhor são os que se relacionam com a mobilidade: possibilidades de
trabalhar ou viver em outro Estado da União ou receber assistência
médica.
A interação dos portugueses com os outros europeus é também
das mais baixas na União: apenas 20% afirmam ter visitado outro país da UE
(contra 41% na UE27), só 13% leram um livro, revista ou jornal em outra língua
(contra 25% na média UE), 28% relacionaram-se com uma pessoa de outro país da
União (48% na média) e apenas 9% utilizaram a internet para comprar um produto
ou serviço oferecido por outro país da UE (20% na UE27).
=Expresso=
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