Em quase um ano, o Executivo de Pedro Passos Coelho já angariou cem
grupos de trabalho pro bono, isto é, grupos de profissionais com competências
técnicas reconhecidas que trabalham sem qualquer tipo de remuneração. O
Ministério da Saúde e da Economia lideram na criação deste tipo de grupos ‘para
o bem do povo’.
Em 19 meses, o Governo já nomeou quase 1000 especialista
‘para o bem do povo’ – tradução do latim ‘pro bono’. Com estas nomeações,
o Executivo de Passos já ultrapassou a criação de 100 grupos de trabalho,
comissões e projectos, constituídos por profissionais não remunerados, escreve
hoje o jornal i.
A criação destes grupos pode ser explicada pela vontade do Governo em
criar megaministérios na estrutura governativa, de modo a compensar as tarefas
dos que já existem. E aqui, o Ministério da Saúde é líder. O último grupo de
trabalho criado pelo Executivo é constituído por nove pessoas e foca-se na
regulamentação da Lei das Bases dos Cuidados Paliativos. Já com 12 grupos
criados desde Junho, segue-se o Ministério da Economia.
A temática da não remuneração do trabalho destes
especialistas, levou o jornal i a fazer uma pesquisa em despachos publicados em
Diário da República, que mostra duas versões diferentes sobre a questão. Numa
delas, existem citações que comprovam o não pagamento aos trabalhadores destes
grupos, e noutra a informação sobre o pagamento de custos logísticos é muito
variável, sendo que alguns dos membros dos grupos são pagos enquanto outros não
são recompensados por qualquer despesa de representação.
A criação destes grupos tem sido criticada pelos partidos da oposição, mas
o gabinete de Álvaro Santos Pereira já se prontificou a garantir que não existe
nenhum tipo de custo associado aos grupos em questão.
N. M.
PS: Salazar dizia e escrevia sempre “A Bem da Nação”, e
todos sabíamos a bem de quem era: grupos económicos, ou simples indivíduos de
sua confiança.
Mais tarde, vinha a saber-se que eram remunerados e acima
dos valores vulgares.
Pensartá o senhor Pedro que somos néscios ou “idiotas”?
Porque subirá o défice público?
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