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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

«CARTA A PROPÓSITO DE CERTOS IMPASSES»



Sempre pensei, meu caro amigo, que, cheio de amor pela sua terra, se aplicaria aí à arte do desprendimento, do desprezo, do silêncio. Imagine qual não foi a minha surpresa quando ouvi dizer que se ia dedicar à política, embora num assunto de que o creio apto, ou seja, a cultura.

No mesmo instante, vi desenhar-se na sua pessoa o futuro monstro: o político em que se ia tornar, dizendo para comigo: “mais um que se vai perder”.

Por pudor, o amigo absteve-se de me perguntar as razões da minha decepção; também fui incapaz de lhas comunicar de viva voz.

“Mais um que se vai perder, mais um que se vai arruinar devido ao seu talento”, repetia para comigo sem descanso.

Penetrando no inferno político, conheceu os respectivos artifícios e veneno; arrancado ao imediato, caricatura de si próprio, restar-lhe-ão apenas experiências formais, indirectas, se não souber arrepiar caminho a tempo: a sua pessoa desvanecer-se-á na palavra.

Tornar-se-á em mais um a ser severamente criticado, deixando de ser os livros o tema das suas conversas.

Quanto aos literatos, deles não tirará proveito algum. Só que será tarde de mais quando disso se der conta, após ter perdido o melhor dos seus anos num mewio destituído de espessura e de substância.

O literato? Um indiscreto que desvaloriza as suas misérias, as divulga, as repisa: o impudor – exibição de pensamentos reservados – é a sua regra; ele é alguém que se oferece. Todas as formas de talento são acompanhadas de certa sem-cerimónia, como a que usou referindo-se às facturas, por exemplo do corte de cabelo no seu barbeiro habitual.

Distinto, é-o apenas o estéril, aquele que se apaga com o seu segredo, porque desdenha exibi-lo: os sentimentos expressos são uma dor para a ironia, uma bofetada no humor.

Conservar o seu próprio segredo, nada de mais frutuoso. O segredo trabalha-o, corrói-o, ameaça-o. Mesmo quando se dirige a Deus, a confissão é um atentado contra nós próprios, contra as energias do nosso ser.

As perturbações, as vergonhas, os medos, de que as terapêuticas profanas ou religiosas pretendem libertar-nos, constituem um património de que por nenhum preço deveríamos desfazer-nos.

Temos de nos defender contra os que nos curam e, ainda que pereçamos por isso, preservar os nossos males e os nossos pecados.

Não o maço mais, limitando-me a felicitá-lo, não pela sua doença, que o fez resignar – e o termo está na moda – e regressar à sua vida normal e retomar as suas reais actividades sem mais pensar em carreira política. Ah, já agora, as suas melhoras rápidas.

Mosteiro 'expulsa' freiras para albergar Bento XVI depois do adeus


A certeza de que o Papa Bento XVI já tinha tomado a sua decisão há alguns meses toma agora novos contornos, depois de se saber que as freiras de clausura que viviam no mosteiro Mater Ecclesiae, a futura residência de Jospeh Ratzinger, abandonaram o edifício em Novembro, quando estava previsto que aí permanecessem até 2014.

No dia em que o Papa Bento XVI resigna ao cargo, a edição do jornal i revela que o mosteiro para onde Joseph Ratzinger vai viver está desocupado desde Novembro, quando as freiras de cláusura que lá residiam, e cuja função é prestar assistência espiritual ao sumo pontífice através da oração constante, tiveram de abandonar o edifício (o que só devia acontecer no próximo ano).

Esta informação é mais uma prova de que a resignação já estava a ser ponderada há algum tempo por Bento XVI. “Qualquer pessoa que estivesse atenta e tivesse um conhecimento profundo dos assuntos do Vaticano perceberia que alguma coisa de diferente se estaria a passar”, escrevia há dias o jornal britânico, The Guardian.

O mosteiro Mater Ecclesiae, fundado em 1992 pelo Papa João Paulo II para criar um espaço no Vaticano para acolher as freiras em clausura, está em obras desde Novembro. Mas, acrescenta o i, desde que o Papa Bento XVI anunciou a resignação, as obras entraram numa fase mais intensa para que em cerca de dois meses estivessem concluídas.

Até lá, Bento XVI vai ficar alojado no Castel Gandolfo, a residência de Verão dos Papas, a 24 quilómetros de Roma.

N. M.

PS: Porque razão são expulsas as freiras? Será que lá vão colocar frades?

Será que no Vaticano ninguém vê que é tudo tão ridículo?

«VISITA A UMA ESCOLA»



Certo dia, fui convidado a visitar uma escola-modelo. Essa visita foi um verdadeiro encantamento, um espectáculo admirável”

A Superiora do estabelecimento conduziu-me a uma classe arejada, clara, toda verniz e esmaltes. As paredes eram de cor delicada. As certeiras eram em vidro e aço cromado.

Não havia bancos, mas cadeiras estofadas. Na parede do fundo, corria um friso, com os mais belos desenhos de uma pintora célebre.

O estrado da mestra era feito com aqueles tipos de madeira congolesa que se poderia tomar por essências preciosas.

Dois piriquitos azuis bicavam-se desaforadamente num imenso viveiro. Pela janela aberta, viam-se suaves colinas, belas árvores, um lago onde se via um salgueiro lamartiniano.

Ali dentro, ficava-se com a alma de criança

Eu quase teria desejado reaprender a tabuada de multiplicar, a ortografia flamenga, o género de amor, prazer e órgão.

Felicitei, pois, a boa madre, que se mostrou encantada por isso.

«Não é verdade, mesmo, que está bom?», disse-me ela. «Como vão estudar, os meus pequenos!»

Concordei, com bastante convicção, e despedi-me.

Regressei a Portugal, e passados tempos, saudoso daquele recanto encantador da cidade de Paris, quis revê-lo.

Portanto, para lá voltei. Tudo estava mudado! Não havia mais friso na parede, nem carteiras cromadas, nem piriquitoss, nem estrado em madeira de lei. Nas vidraças, uma caiação mal feita escondia a romântica paisagem.

«Boa madre, disse, espantado com aquele vandalismo, que fez a senhora?A sua classe tornou-se numa gaiola como as outras?»

“Sim, respondeu a santa mulher, de grande inteligência, sim, era preciso.

As crianças distraíam-se muito. Depois, sorrindo, acrescentou: “Olhe, nada se faz sem um pouco de austeridade”

A falta de energia decorre de diversas causas. Entre essas, ouso incriminar o próprio quadro da nossa vida, onde tudo nos dispõe, não á concentração em nós mesmos, mas, ao contrário, à distracção e à dispersão.

A criança e o adolescente que voltam para suas casas, que encontram ali?

A austeridade, aquele mínimo de austeridade que é o obstáculo que se faz necessário, quer se queira, quer não, superar e vencer?

De forma nenhuma!

Na maior parte do tempo, tudo está disposto de maneira a que o máximo de conforto produza o mínimo de esforço, para aqueles que possuem os meios de pagar a seus filhos o luxo que acabo de referir naquela escola parisiense, inserida num colégio de uma ordem religiosa.

O próprio quadro da nossa vida, tão confortável, tão bem arranjado para favorecer o velho instinto da preguiça e tão perfeitamente concebido para favorecer a necessidade de comodidade que dorme em cada criança, em cada adolescente, sem que nenhum governante se preocupe com isso.

Ele mata a vontade, enfraquecendo-a e atrofiando-a, inicialmente. Pedem-se exemplos?

Temo-los bem à vista de todos na tremenda diferença existente entre os cidadãos, seus filhos e as elites capitalistas, que desconhecem o significado da palavra “crise”.

Os direitos que assistem a quem está sem trabalho


Embora em menor escala, fruto dos cortes na despesa das funções sociais do Estado, os desempregados gozam de determinados direitos, que lhes são conferidos pela Lei. No entanto, por estarem dispersos em vários diplomas, realça o Jornal de Negócios, nem todos aqueles que se encontram sem trabalho conhecem as regalias que lhes assistem. Conheça algumas das mais importantes.
1-     Isenção nas taxas moderadoras e descontos na luz: Os desempregados que recebem um subsídio igual ou inferior a 628,83 euros, e que estejam inscritos no centro de emprego há pouco tempo, têm direito a pedir isenção das taxas moderadoras. Por outro lado, os desempregados que recebam subsídio social de desemprego têm direito a tarifas de electricidade e de gás natural mais baixas;

2-     Subsídio de desemprego: Para ter direito a estas prestações é necessário que a pessoa tenha trabalhado como contratado, e procedido aos descontos para a Segurança Social, durante pelo menos 360 dias nos 24 meses imediatamente anteriores à data em que ficou desempregada. O valor pode oscilar entre 419,22 euros e 1048,905 euros por mês, sendo que esse montante sofre um corte de 10% após seis meses e desde o início de 2013 que acresce ainda uma redução adicional de 6%. Também os trabalhadores independentes que prestem 80% da sua actividade a uma única empresa podem solicitar subsídio;


3-     Manter o apoio e procurar emprego noutro país: Quem esteja a receber subsídio mas que entenda que é melhor procurar emprego num País da União Europeia, Islândia, Noruega, Liechtenstein ou Suíça, pode sair para esses países mantendo o direito ao subsídio de desemprego ao longo de três meses, período o qual pode ser estendido a mais três;

4-     Subsídio com trabalho parcial ou independente: É possível acumular-se parte do subsídio de desemprego com um salário, ainda que de forma limitada. O valor da remuneração não poderá ser superior ao do subsídio, sendo que o montante da prestação emagrece. Na prática essas pessoas passam a receber apenas mais 35% do que aufeririam apenas com o subsídio;


5- Subsídio com trabalho a tempo completo: A título transitório é ainda permitida a acumulação de parte do subsídio de desemprego com a remuneração de um trabalho a tempo completo. Para o efeito é necessário que a pessoa esteja inscrita há mais de seis meses, que a oferta de emprego contemple um salário bruto inferior ao do subsídio, e que tenha direito a beneficiar da prestação por mais seis meses. Durante a primeira metade do contrato, que deve ter a duração mínima de três meses, o apoio corresponde a 50% do desemprego, enquanto na segunda metade, passa a ser de 25%, com um tecto máximo de 250 euros.

 N. M.




Carne de cavalo é bem-vinda em instituições de solidariedade


Embora não seja uma ideia partilhada por todas as instituições de solidariedade, algumas já se mostraram disponíveis para acolher os produtos com carne de cavalo que tenham sido apreendidos, para distribuírem pelos mais carenciados. O Governo já está a analisar a possibilidade de doação.
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o Padre Lino Maia, diz que todos os bens alimentares que possam ser usados, mas não comercializados, são uma mais-valia às instituições de apoio a carenciados.

O responsável refere-se à carne de cavalo recentemente apreendida, mostrando-se disponível em recebê-la desde que "seja assegurado que não existe nenhum risco para a saúde e que as instituições e os benificiários sejam devidamente informados da composição dos produtos", afirmou ao DN.

"Sabemos que a carne de cavalo é boa. É preciso que a par destas denúncias exista um maior esclarecimento de que a carne de cavalo não tem contra-indicações", alerta.

Esta opinião reúne consenso junto da presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, que afirma que "apesar de serem pobres, as pessoas têm direito de saber o que estão a comer". Isabel Jonet acrescentou ainda que o essencial é que exista "um autocolante com informação de que contém carne de cavalo".

No entanto, o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, revela-se mais apreensivo quanto ao consumo da carne apreendida pela ASAE, defendendo não ser "uma medida razoável", e que pode dar a entender que para "as instituições que atendem os pobres qualquer coisa pode servir".

Em declarações ao Diário de Notícias, o Ministério da Agricultura afirmou ter conhecimento da proposta e diz estar a avaliar essa possibilidade de doação, reiterando que a carne de cavalo "não constitui qualquer risco para a segurança alimentar e para a saúde pública".

N. M.

Na passada semana, um ministro alemão teve e infelicidade de afirmar que os produtos confeccionados com carne de cavalo deveriam ser dados aos velhos. Portanto, no seu entender, os velhos podem morrer à vontade, e talvez devam morrer o mais rapidamente possível, como afirmou anteriormente um ministro japonês.

Agora é em Portugal que se afirma que a carne de cavalo é bem-vinda às Instituições de Solidariedade!
Nada havendo de mal na carne de cavalo, porque a não comem todas as pessoas?

A carne de cavalo é hipertensora. Além de fazer subir a tensão arterial, contém antiinflamatórios, antibióticos e também hormonas indesejáveis, que de modo algum contribuem para a saúde humana.

Sabendo-se de tudo isso, ficamos a saber também que os velhos portugueses – maioria nas Instituições de Solidariedade – afinal podem também ir indo para o outro mundo, sobretudo porque sendo hipertensora, a carne de cavalo pode causar graves problemas cardiovasculares.

Não acham uma indecência o que afirmaram, quando grande parte dos velhos portugueses sofrem de problemas cardíacos e de hipertensão?
  

Executivo quer impor 'lei da rolha' a reguladores económicos


O Governo liderado por Pedro Passos Coelho quer silenciar os diversos reguladores da actividade económica, com o intuito de impedir que estas instituições façam “declarações ou comentários” sobre a área que tutelam, adianta a edição desta quarta-feira do Diário Económico.
'Lei da rolha'. É com este rótulo que vários juristas catalogam a intenção do Executivo em impor restrições às entidades que regulam a actividade económica, no que diz respeito a “declarações ou comentários” acerca de processos que tenham em mãos, indica o Diário Económico.

Esta proposta de alteração da Lei-Quadro das Entidades Reguladoras, que está já a desencadear um coro de protestos junto dos visados, deverá ser aprovada esta quinta-feira, em sede de Conselho de Ministros. 

A norma que o Governo quer implementar intitula-se 'Dever de Reserva', e é análoga àquela que regulamenta o sigilo dos juízes.

Refira-se, a título de exemplo, que as práticas da Comissão Europeia determinam que todas as investigações em curso, alvos incluídos, são de teor público. 

Aliás, lembra o Diário Económico, o comissário europeu da Concorrência, Joaquín Almunia, pronuncia-se com regularidade sobre estas matérias.

N. M.

PS: depois de toda a austeridade, de toda a fome e miséria que impuseram aos cidadãos nacionais, querem impor a “lei da rolha” aos reguladores económicos.

«Isto sim!!, é o Velho Portugal” e sua ditadura fascista!

Barroso: Portugal é o culpado da sua crise


Presidente da Comissão Europeia justifica crise portuguesa com opções económicas falhadas e comportamentos "erráticos" da banca.
Durão Barroso, que foi primeiro-ministro entre 2002 e 2004, considera que foram as opções erradas que Portugal tomou nos últimos anos que conduziram à crise actual, mas acredita que é possível restaurar a confiança dos investidores no país e "ganhar uma credibilidade" que permita "financiar-se por si mesmo".

Uma crise que "resulta de escolhas económicas que não conseguiram resolver os problemas estruturais da competitividade portuguesa", sustentou o presidente da Comissão Europeia numa intervenção gravada para a conferência TSF/OTOC que se realiza hoje. Opções que "levaram a uma acumulação de dívida pública que pura e simplesmente não era sustentável".

Durão Barroso fez questão de esclarecer que "não foi a União Europeia a causa da crise", e sim os "comportamentos erráticos do sector financeiro - nalguns casos inaceitáveis e ilegais - e a "acumulação de erros em termos de acumulação de dívida pública a nível nacional" que conduziram à situação que a Europa em geral, e Portugal em particular, hoje vive.

"A Europa não é causa do problema, é parte da solução" garantiu o presidente da Comissão Europeia, defendendo uma construção assente no federalismo e dizendo que é fundamental a união económica para além da união monetária.

"Juntos seremos mais do que a simples soma das unidades", disse Barroso, defendendo que se a Europa quer "contar no mundo", então a soberania "tem que ser partilhada".
=Económico=

CDS leva a melhor na coligação governamental


Após quase ano e meio de coligação governativa, o barómetro do jornal i/ Pitagórica de Fevereiro mostra que o CDS de Paulo Portas está a crescer nas intenções de voto, enquanto o PSD está há meses em tendência decrescente. Já o PS reúne 35,1% das intenções de voto, o resultado mais distante do alcançado por José Sócrates nas legislativas de 2011.

Dados do barómetro i/Pitagórica de Fevereiro, revelados esta quinta-feira, indicam que se as “eleições legislativas se realizassem neste momento”, o partido mais votado, como aliás tem acontecido desde que arrancou esta sondagem em Outubro, é o PS, com 35,1% das intenções de voto. Atrás surge o PSD, com 26,4%, a CDU e o CDS com 10,7%, e o Bloco de Esquerda com 8,6%.

No entanto, estes números mostram que, e em relação ao barómetro anterior, os socialistas estão a subir, depois de uma queda nas intenções de voto em Dezembro (34,6%) e Janeiro (33,8%), o que representa uma distância considerável em relação ao resultado obtido por José Sócrates (28,1%) nas eleições legislativas de 2011.

Mas, também o CDS e Bloco registam ligeiras subidas. Se em Janeiro, as intenções de voto para os centristas representavam 10,2%, no mês passado alcançaram os 10,7%. No mesmo sentido, o partido de João Semedo e Catarina Martins subiu nas intenções de voto de 8% em Janeiro para 8,7% em Fevereiro.

Em sentido contrário, ou seja, em queda nas intenções de voto, está o PSD, que caiu de 28,6% em Janeiro para 26,4% no mês passado, ficando cada vez mais longe dos 38,7% que alcançou nas legislativas de 2011. O mesmo acontece com a CDU, que passou de 12% para os 10,7% em Fevereiro, ainda assim uma percentagem significativa face aos 8,4% conquistados nas eleições de há dois anos.

N. M.

PS: Quando se deixarem de “idiotices saloias”, verificarão que o povo português votará alegre e maioritariamente numa plataforma de esquerda, liderada pelo PS, podendo obter 54% dos votos.

Não se compreende a razão porque demoram tanto tempo a pôr em prática essa coligação que corra com a austeridade e com a troika, e faça sentir aos portigueses que afinal estão vivos, ainda!

A actual coligação bateu no fundo, arrastando os portugueses para o abismo em que hoje se encontram. Portanto, que esperam para unir esforços e correr com essa bandalheira?

Portugueses contra 'dinossauros' nas Câmaras


O barómetro do jornal i/ Pitagórica de Fevereiro mostra que quase 60% dos inquiridos opõe-se à candidatura a outra Câmara Municipal de presidentes com mais de três mandatos, como é o caso dos sociais-democratas Fernando Seara e Luís Filipe Menezes.
 Em Fevereiro, o barómetro i/Pitagórica questionou os inquiridos sobre se concordam “que os presidentes de Câmara ou de Junta de Freguesia, que já fizeram três mandatos, possam candidatar-se a outras Câmaras ou Juntas”.

A esta questão, 58,9% dos inquiridos respondeu ‘não’, ou seja, opõe-se a que autarcas com mais de três mandatos se recandidatem a outras Câmaras, contra 32% que diz concordar.

Nesta situação estão, por exemplo, as candidaturas de Fernando Seara à Câmara de Lisboa e de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto. No entanto, ao que parece, a lei da limitação de mandatos, que tem sido alvo de várias interpretações, não vai impedir estas candidaturas.

Curiosamente, destaca ainda a sondagem i/Pitagórica, são mais os inquiridos que se opõem às candidaturas de ‘dinossauros’ nas próximas eleições autárquicas do que os que se manifestam contra o corte de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado.

Questionados sobre se concordam “com o corte de quatro mil milhões de euros”, 54,2% dos inquiridos diz ‘não’, contra 31,9% que concorda. Já sobre quando deve ser feito esse corte, o resultado é claro, com 74,7% dos portugueses a considerar que este corte deve ser feito “ao longo dos próximos anos” e não em 2014.

N. M.

Conheça os socialistas que vão travar braço-de-ferro com Seguro


O militante do PS/Madeira, Aires Pedro, e o socialista lisboeta, João Nogueira Santos, apresentaram as suas candidaturas à liderança do PS, concorrendo contra o actual secretário-geral, António José Seguro, informou à Lusa fonte do partido.
 O presidente da Comissão Organizadora do Congresso do PS, Joaquim Raposo, adiantou que, para além da candidatura do secretário-geral do PS, que entrou na sexta-feira passada, chegou na quarta-feira, pelas 13h00, a candidatura de Aires Pedro, e, mesmo no final do prazo para receber as propostas, pelas 21h50, a do socialista de Olivais, Lisboa, João Nogueira Santos.

As candidaturas de António José seguro e de Aires Pedro foram aceites, mas falta ainda verificar se a candidatura de João Nogueira Santos cumpre todos os requisitos, adiantou Joaquim Raposo, explicando que, como surgiu a dez minutos do fim do prazo, ainda não houve tempo para verificar se cumpre todos os processos.

Fora da corrida ficou o antigo deputado do PS, Eurico Figueiredo, que também pretendia avançar mas, lembra o jornal i, queixou-se de lhe ter sido vedado o acesso a informação dos militantes para que pudesse recolher as 200 assinaturas necessárias.

O congresso do PS decorre entre 26 e 28 de Abril

N. M.

PS: «Quo Vadis, PS?»

Com quem terão aprendido a praticar fantochadas, também neste partido?

Será que esta gente nada mais tem a fazer que isto? Vê-se bem como anda o maior partido da oposição. Pelas ruas da amargura, quando deveriam congregar todos os esforços para lutarem seriamente contra quem está a governar, ou desgovernar este país que é Portugal.

Que podem pretender estes candidatos que não passam de dois palhaços?

Que podem esperar e quem pretendem servir?

Pensamento da Semana



"É uma infelicidade da época,

que os doidos guiem os cegos."
                      
  Autor: William Shakespeare

D. P. L.

Quem é o padre que denunciou D. Carlos Azevedo


O bispo D. Carlos Azevedo terá assediado sexualmente o sacerdote José Nuno em três ocasiões: nos anos 80, nos anos 90 e a última em 2009. Vários padres, ex-padres e amigos quebram o silêncio na VISÃO desta semana e relatam como acompanharam o sofrimento vivido pelo capelão do Hospital de São João, no Porto


Os testemunhos ouvidos pela VISÃO desta semana permitem igualmente perceber as razões que levaram o sacerdote a denunciar o antigo bispo auxiliar de Lisboa ao representante da Santa Sé. Decisão e gesto doloroso que, dizem, levaram o coordenador nacional das capelanias hospitalares a uma profunda depressão. Tudo em nome da verdade na Igreja, dizem.
Nesta mesma edição, publicamos ainda um perfil sobre o padre José Nuno Ferreira da Silva, de 48 anos, com episódios, relatos e depoimentos de figuras públicas sobre o seu percurso de vida e profissional.
Azeredo Lopes, da Universidade Católica, conhece o sacerdote há mais de 20 anos e admira a sua “inteligência e sensibilidade”.
  • Conheça aqui algumas dessas figuras, recorde a cronologia deste caso (em baixo) e saiba tudo na VISÃO desta semana, a partir de quinta-feira nas bancas

    
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Cronologia de um caso
  • Quarta, 20
Na véspera de publicação da história pela VISÃO, ao final do dia, já o tema da capa da revista era notícia. De Roma à SIC, D. Carlos Azevedo negou "totalmente" as acusações. "Remexer em assuntos de há 30 anos, que não ofenderam a moral pública, não serve de modo ético a informação, mas visa meramente o sensacionalismo para destruir pessoas", afirmou o bispo, realçando que o caso estaria apenas relacionado com "atos da vida privada que não atentam contra a dignidade dos outros (...). Quando conheci a pessoa em causa, ela era já adulta e grande", justificou. Referindo não excluir do seu "amor e dedicação" pessoas que experimentaram "limites dramáticos da condição humana", D. Carlos reconheceu que a atitude "tem trazido olhares de suspeita e atitudes de ambiguidade que me fazem objeto de má-língua".
Nessa mesma noite, mas com data do dia seguinte, a Conferência Episcopal, num comunicado assinado pelo seu porta-voz, Manuel Morujão, tornava pública a sua posição, sem desmentir a VISÃO: "Contrariando as nossas expectativas", lê-se no documento, "vemos que o nome do bispo D. Carlos Azevedo, atualmente em Roma, está envolvido em acusações de comportamentos impróprios, não conformes com a dignidade e a responsabilidade do estado sacerdotal. Da sua veracidade não podemos nem devemos julgar apressadamente. De qualquer membro da Igreja se espera um comportamento exemplar. Com muito maior razão de quem se comprometeu a viver o celibato sacerdotal", adverte-se, no texto, concluindo: "D. Carlos Azevedo pode contar com a nossa solicitude e a nossa oração fraterna."
Aos microfones da Rádio Renascença, D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa, admitiu que "a Igreja é constituída por pecadores, uns mais do que outros", atribuindo as notícias a "tentativas de influenciar o conclave".
Na TSF, D. Januário Torgal Ferreira disse não se ter espantado com as suspeitas de assédio sexual: "É indiscutível que, em determinadas zonas da nossa sociedade, havia comentários dessa ordem", assinalou, concluindo que "o comportamento homossexual" do bispo já era objeto de comentários "desde 2006, 2007".
  • Quinta, 21
Anunciada no dia anterior, em declarações à SIC, a conferência de imprensa de D. Carlos Azevedo no Vaticano, é anulada, bem como a sua presença num seminário com jornalistas portugueses. O bispo está em "recolhimento", garante Rosário Salgueiro, a enviada da RTP a Roma, que atribui a reportagem da VISÃO a uma "guerra da maçonaria católica e da Opus Dei", porque, "de um lado e do outro não querem que D. Carlos Azevedo assuma o lugar de cardeal-patriarca".
À SIC, o padre Carreira das Neves confirma já ter "ouvido coisas, rumores. Já sabia que havia, em relação ao D. Carlos, alguns problemas complicados (...) e que talvez tenha ido para Roma por causa desses problemas complicados (...). A homossexualidade é reconhecida (...) tem pessoas a quem o dizia", assinalou.
A Rede de Cuidadores, pela voz do psiquiatra Álvaro de Carvalho, confirma ter "conhecimento de notícias deste teor em relação ao senhor bispo (...)", mas por não se tratar de caso de abuso de menores não foi denunciado às autoridades. "Tivemos uma referência informal, há cerca de ano e meio, dois anos, de que teria sido por uma situação de assédio sexual do senhor D. Carlos Azevedo que ele teria sido transferido para Roma", além de outras situações "variadas no tempo e geograficamente (...)". E o psiquiatra criticou a Igreja por "mais uma vez, enfiar a cabeça na areia como a avestruz".
Em Itália, o Vatican Insider, publicado pelo diário La Stampa, dá eco à reportagem sobre D. Carlos, mas com erros: contrariando o que a VISÃO escreveu, noticia que o bispo foi denunciado por "abuso sexual" por factos ocorridos nos anos oitenta.
O diário La Repubblica atribui a resignação do Papa Bento XVI à existência de um relatório de 300 páginas, elaborado por três cardeais, no qual se refere a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual" ligada a desvios de dinheiro, corrupção e lutas pelo poder na Cúria.
  • Sexta, 22
O porta-voz do Vaticano nega a existência de qualquer investigação sobre o bispo. "É uma pessoa que estimamos muito, que cumpre muito bem as suas funções no Conselho Pontifício da Cultura. Não me parece que haja um processo em curso contra ele e, portanto, consideramo-lo com pleno respeito e plena dignidade (...) Neste período, há muitos ataques e intervenções que pretendem criar confusões e turbulências na Igreja", diz Frederico Lombardi, que confirmara ter lido o artigo da VISÃO na véspera da saída da revista para as bancas.
D. Carlos reaparece e volta a falar à SIC: "Estas notícias devem ser enquadradas no ambiente de preparação do Conclave e de sucessão do patriarca de Lisboa", justifica.
  • Sábado, 23
O Correio da Manhã noticia que um grupo de padres, que prefere manter-se anónimo, vai enviar uma carta ao Núncio Apostólico exigindo um "rápido e cabal" esclarecimento sobre as notícias vindas a público. O mesmo jornal faz referência às declarações de D. Jorge Ortiga, bispo de Braga, que presta solidariedade ao sacerdote José Nuno e a D. Carlos, pois "ambos estão a sofrer muito". Ao JN, o bispo D. Carlos revela estar a receber "muitas provas de solidariedade e de oração" e "muitas manifestações de estima". D. Manuel Clemente, bispo do Porto, admite à RTP, pela primeira vez, a veracidade da história, mas criticando, indiretamente, a VISÃO: "O caso foi tratado por quem o quis tratar daquela maneira no âmbito eclesial e com alguma reserva. Eu pergunto-me se não há aqui uma ofensa aos direitos humanos trazer para público algo que as próprias pessoas e a própria pessoa quis tratar de uma maneira pessoal e reservada."
À tarde, o padre José Nuno reaparece em público, ao lado do bispo do Porto, nas Jornadas Vicariais da Fé, em Gondomar.
  • Segunda, 25
O JN faz referência a uma missa do padre José Nuno, na capela do Hospital de São João, celebrada no domingo. "Disse o que tinha a dizer, no momento necessário, às instâncias certas dentro da Igreja", repete o sacerdote ao jornal, num cenário nunca visto: "Diz quem frequenta a capela hospitalar que não há memória de uma missa tão participada", escreve o diário.
Em Milheirós de Poiares, terra de D. Carlos Azevedo, o povo continua indignado com a denúncia contra o bispo. Na homília da missa de domingo, o pároco local, segundo o Correio da Manhã, diz que "a resignação do Papa é mais importante do que uma notícia que correu na semana passada".
  • Terça, 26
O DN noticia que D. José Policarpo pode deixar, nos próximos dias, o lugar de Cardeal-Patriarca

=Visão=




«O Quinto»


O Brasil ainda não é o quinto, é o sexto 

Aprendendo sobre mais uma das expressões usuais

O   1/5 e os 2/5 dos infernos 

Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.

Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".

Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam

"O Quinto dos Infernos".

E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".

Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para quê?

Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros? O Senado com sua legião de "Diretores"? A festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos 3 Poderes (Executivo/Legislativo e Judiciário)?

Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa!

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...!

Não deixem de repassar...  estaremos,  pelo menos, contribuindo para  relembrar parte da História do Brasil...

A.      G.

PS: Há vários anos, a expressão foi alterada, pelo menos em Portugal, e serve um pouco para tudo, sobretudo para mandar quem quer que seja para «Os Quintos do ca…., da pqp etc». todos os que cometem atrocidades para com o povo português.

Diz-se mesmo que a expressão tem “séculos de existência”, tendo sido muito usada, em certos meios durante a ditadura salazarista.

Hoje está muito em voga, no que se refere ao actual governo.


  

Renúncia de Bento XVI: esboço do sucessor ideal


Enquanto o Papa Bento XVI fez a sua despedida na quarta-feira a seus seguidores da Praça de São Pedro, em Roma, os observadores estão ansiosos para saber o nome do seu sucessor.

Alguns cardeais franceses já fez uma lista de qualidades que iria encontrar no novo papa.

Sucessor de Bento não foi eleito, mas quatro franceses miocárdio que participam da seleção do novo Papa já indicou que qualidades eles esperavam encontrar no próximo pontífice.

 Em conferências de imprensa separadas, o quatro religiosos de fato insistiu em certos traços que eles acreditam que são necessários para futuro chefe da Igreja Católica. Este último será, assim, "aberto", "inteligente", "saudável", não seja muito velho e fluente em vários idiomas.


"A coisa mais importante é a capacidade de ouvir"

Logo após o anúncio da renúncia de Bento XVI, o arcebispo de Paris, André Vingt-Trois sentiu que o seu sucessor deve ser "suficientemente aberta mente para entender ou pelo menos tentar entrar diferentes culturas. " Brincando, ele também ressaltou que ele deve ser "humilde, ele não tomou a Deus." Ele acrescentou: "Nós devemos ainda é mal" e "não é apenas uma fachada." Segundo o prelado, "a coisa mais importante é a capacidade de ouvir."


Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, por sua vez, queria um papa capaz de "ouvir todos", de "estar na tempestade, as contradições, o conflito." Em outros spas, um homem "muito forte". E enquanto João Paulo II e Bento XVI foram pontificados particularmente marcantes, Philippe Barbarin advertiu, "não haverá caras muito grandes como os dois antecessores, mas isso não importa."

Um homem corajoso

De sua parte, arcebispo de Bordeaux, Jean-Pierre Ricard enfatizou a importância de escolher um "homem espiritual" que também é um "intelectual" que tem "conhecimento das situações internacionais" e fala " alguns idiomas ". 



E enquanto o Papa será obrigado a viajar com freqüência, ele também salientou que "a juventude não é o suficiente, mas ao mesmo tempo, você precisa de uma boa saúde física, pelo menos inicialmente." Cardeal Jean-Louis Tauran, o ex-ministro das Relações Exteriores do Vaticano, ele queria muita coragem sucessor Bento XVI.



"Esta responsabilidade esmagadora, o que tornará o homem um prisioneiro real, eu não quero que ninguém, nem mesmo meu melhor amigo."



 P. F.

Deputados discutem renegociação da dívida


O BE marcou para hoje um debate de actualidade sobre a questão da dívida e a sétima avaliação da 'troika', que contará com a presença do Governo.
O Parlamento vai debater esta tarde a questão da dívida e a sétima avaliação da 'troika', que começou esta semana em Portugal.

O tema dá o mote para o debate de actualidade que o Bloco de Esquerda marcou ontem na conferência de líderes e antecipa o debate de urgência marcado para amanhã pelo PS para discutir a "alternativa para a saída da crise".

Segundo o líder parlamentar bloquista, o debate foi marcado "em nome da transparência" do que se passa "nos corredores do Ministério das Finanças" e da afirmação de "alternativas".

Ao contrário do PS, que exigiu a presença do primeiro-ministro no seu debate de urgência - algo que não irá acontecer, segundo comunicou o próprio Governo - o BE não concretizou que membro do Executivo quer que esteja presente hoje no plenário, deixando no entanto o recado de que deve ser "alguém que represente o Governo de viva voz e que seja capaz de responder ao que são os anseios do país", disse Pedro Filipe Soares.

O BE quer esclarecer "o que é que se está a passar nos corredores do Ministério das Finanças nesta avaliação da 'troika' que coloca tudo em cima da mesa e como é que o Governo aceita ou não as sugestões do Bloco de Esquerda".

Essas sugestões, afirmou Pedro Filipe Soares, "são soluções para o país, no sentido da renegociação da dívida, de uma política que seja capaz de dar crescimento à economia e de responder às necessidades do país, que é a criação de emprego".


 =Económico=


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Menina com doença rara consegue seis milhões de amigos no Facebook


Tem seis anos, pesa apenas seis quilos e tem uma doença sem tratamento ou cura. Adalia Rose Williams é portadora de Hutchinson-Gilford, doença conhecida como progeria, mas utiliza as redes sociais para dar a conhecer a sua enfermidade que para muitos ainda é desconhecida.
Adalia sofre de uma doença rara, sem cura, que faz com a sua esperança média de vida seja de apenas doze anos. Nesse espaço de tempo, o seu corpo envelhece a um ritmo acelerado o que resulta na frequente queda de cabelo, rigidez nas articulações e grande fragilidade.

A doença chama-se Hutchinson-Gilford e é mais conhecida como progeria. É rara, mas afecta um em cada oito milhões de bebés. Segundo explica o Diário de Notícias, os primeiros sintomas da doença não são logo perceptíveis, e só a partir do primeiro ano de idade pode já ser visível o envelhecimento precoce da pele da criança.

Para dar a conhecer mais sobre Adalia e a sua doença, os pais da menina norte-americana criaram uma página no Facebook para que a família e amigos ficassem a par do seu estado de saúde, mas, na verdade, a menina já conseguiu mais de seis milhões de seguidores na rede social. A boa disposição e alegria da criança fez tanto sucesso que os pais decidiram mesmo alargar horizontes e partilhar vídeos e fotografias também no Twitter e no Youtube.

De acordo com o Diário de Notícias, a 'fama' de Adalia tem sido fundamental para angariar fundos para a Progeria Research Foundation, criada em 1999 por um casal de médicos. A fundação desempenhou um papel importante, quando, em 2003, foi descoberto o gene responsável por esta condição.

N. M.

«AS GRANDES DÚVIDAS…»



“Se o Sol e a Lua começassem a duvidar, apagar-se-iam no mesmo instante” (Blake).

A Europa duvida desde há muito… E se o seu eclipse nos confunde, os americanos e os russos contemplam-no com serenidade ou com alegria.

A América ergue-se diante do mundo como um nada impetuoso, com uma  fatalidade sem substância. Nada a predispunha para a hegemonia.

No entanto, é para ela que tende, não sem algumas hesitações.

Ao contrário das outras nações, que tiveram de sofrer toda uma série de humilhações e derrotas, a América apenas conheceu até aqui a esterilidade de uma sorte ininterrupta.

Se no futuro tudo lhe continuar a sair igualmente bem, o seu aparecimento terá sido um acidente sem importância. Os que presidem aos seus destinos, os que levam a peito os seus interesses, deveriam preparar-lhes dias maus; para deixar de ser um monstro superficial, tem necessidade de uma provação de envergadura.

Depois de ter vivido até hoje fora do inferno, prepara-se para descer até ele. Se quiser procurar um destino, só o poderá encontrar na ruína de tudo o que foi a sua razão de ser.

Quanto à Rússia, não se pode examinar o seu passado sem um calafrio, um assombro de qualidade.

Passado surdo, cheio de expectativa, de ansiedade subterrãnea, passado de toupeiras iluminadas. A irrupção dos russos fará tremer as nações; começaram já por introduzir o absoluto na política.

É esse o desafio que lançam a uma humanidade atormentada pelas dúvidas e à qual não hesitarão em vibrar o golpe de misericórdia. Se nós já não temos alma, eles têm-na para dar e vender.

Próximos das suas origens, desse universo afectivo em que o espírito adere ainda à terra, ao sangue, à carne, sentem aquilo que pensam; as suas verdades, como os seus erros, são sensações, estimulantes, actos.

De facto, não pensam, explodem. Ainda no estádio em que a inteligência não atenua nem dissolve as obsessões, ignoram os efeitos nocivos da reflexão, bem como essas agruras da consciência que a tornam factor de desenraizamento e de anemia.

Portanto, podem avançar tranquilamente. Que têm pela frente senão um mundo linfático? Nada á sua frente, nada de vivo que lhes possa barrar o caminho, nenhum onstáculo: não foi um deles o primeiro a empregar, em pleno século XIX, a palavra “cemitério” a propósito do Ocidente?

Em breve chegarão em massa para visitar os despojos. Os seus passos são já perceptíveis pelos ouvidos delicados. Quem poderia opor às suas superstições em marcha sequer um simulacro de certeza?