O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco,
justificou a reforma prevista para as Forças Armadas com a necessidade de
aumentar a "capacidade operacional" e disse esperar que o jantar de
oficiais realizado na sexta-feira "dê contributos" nesse sentido.
O ministro da Defesa disse
que é o primeiro a querer ter umas Forças Armadas sólidas, coerentes e com uma
capacidade operacional mais forte do que aquela que tem neste momento”.O
"Todas as reformas
que o Governo está a preparar nesta área é para valorizar e qualificar ainda
mais a articulação das Forças Armadas e para podermos ter uma capacidade
operacional mais forte do que aquela que temos neste momento", afirmou
Aguiar-Branco, no sábado à noite, aos jornalistas, à margem da sessão do PSD
realizada na Guarda no âmbito das II Jornadas sobre “Consolidação, Crescimento
e Coesão”.
O general Loureiro dos Santos manifestou na
sexta-feira, em representação de oficiais-generais e superiores, na reserva e
na reforma, dos três ramos militares, "profunda preocupação" com o
futuro das Forças Armadas, dizendo temer a sua "desarticulação".
Numa nota escrita que leu à imprensa, o antigo chefe
do Estado-Maior do Exército advertiu para o risco de tornar as Forças Armadas
"incapazes de satisfazer as necessidades de defesa do país" e também
para a "descaracterização da condição militar".
O ministro da Defesa disse que "é o primeiro a
querer ter umas Forças Armadas sólidas, coerentes e com uma capacidade
operacional mais forte do que aquela que tem neste momento", referindo que
"as Forças Armadas existem para cumprir operações" e é necessário
"reforçar essa componente".
"Quanto ao jantar de ontem [sexta-feira], eu
espero que a reflexão dê os contributos para este momento, que é um momento de
estarmos a trabalhar nas reformas e aguardarei os contributos que virão desse
jantar", declarou.
Aguiar-Branco disse não comentar declarações de
oficiais ou de associações, sublinhando que "o que importa é fazer a
reforma das Forças Armadas que valorize o produto operacional, que seja uma reforma
para todas as patentes, para todos os militares, que dê expectativas de
esperança em relação àqueles que hoje desejam intervir nos teatros de
operações".
Acrescentou que "os militares existem para
estarem nos teatros de operações, para combater no terreno", para
participação em ações humanitárias, combater a pirataria "e não para
serviços administrativos ou para motoristas".
"É esse aumento e esse redimensionamento que nós
desejamos, qualificando e valorizando aquilo que é o exercício máximo da
atividade militar", justificou.
O governante disse ainda que as reformas que estão a
ser feitas visam fazer com que as Forças Armadas Portuguesas "possam
contribuir ainda melhor para aquilo que é a defesa nacional", para que o
país tenha "umas Forças Armadas mais articuladas e com melhor capacidade
de resposta".
Lusa
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