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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lagarde responde a carta de Seguro


António José Seguro disse hoje que Passos Coelho deve “pedir desculpas” aos portugueses e “abdicar” do corte de mil milhões na despesa.

António José Seguro voltou esta manhã a mostar-se convicto de que a 'troika' fará uma avaliação política do memorando, revelando que recebeu ontem de Christine Lagarde, 'chairman' FMI, uma resposta à sua carta.

Durante uma visita ao Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, em Lisboa, o líder socialista disse que, depois da reunião com Durão Barroso, em Bruxelas, falta agora, apenas, a resposta do BCE à carta que enviou aos elementos da 'troika' antes da sétima avaliação, que arrancou ontem.

António José Seguro repetiu que a receita de Passos Coelho "falhou completamente" e exigiu que o primeiro-ministro desista do corte de quatro mil milhões de euros na despesa (isto é, da reforma do Estado como está anunciada) e que inverta as políticas, apostando no crescimento económico e no emprego.
"Mais cortes para quê? O que nós precisamos é de crescimento, é de emprego", disse.
"O País não aguenta mais austeridade, é impossível, chegámos ao limite", avisou o líder socialista, dizendo ser "inaceitável que estejamos a caminho de um milhão de desempregados".

Seguro adiantou que "não é necessário mais tempo para fazer a mesma política de austeridade" - num recado a Passos e Vítor Gaspar, que pedem mais um ano para cumprir a meta do défice - e defendeu que devem ser negociadas politicamente nesta sétima avaliação "as condições do ajustamento" do programa de assistência financeira a que foi sujeito o país.

Seguro desafiou ainda o chefe do Executivo a "pedir desculpas" aos portugueses pelo seu "falhanço", argumentando que ficou demonstrado que a "política de austeridade não resolveu nenhum problema".

O PS marcou potestativamente um debate de urgência sobre a consolidação orçamental e crescimento para esta semana (quinta ou sexta-feira) e desafiou o primeiro-ministro a estar presente para travar a discussão com Seguro. Passos ainda não respondeu oficialmente a este desafio mas fonte do Executivo disse ao Económico que "nunca um primeiro-ministro participou num debate de urgência", deixando implícita a ideia de que o chefe do Executivo não estará presente.

Dentro de hora e meia, pelas 12h00, será a vez de Passos Coelho visitar o Salão Internacional do Sector Alimentar e das Bebidas, depois de Paulo Portas ter passado pelo evento ontem.

=Económico=


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