O secretário-geral do PS António José Seguro desafia o
primeiro-ministro para debater a sua alternativa para Portugal.
O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou
hoje que não aceita "mais nenhuma medida de austeridade" e desafiou o
primeiro-ministro a participar no debate que os socialistas agendaram para a
próxima semana para explicarem a sua alternativa para o país.
"Espero que o
primeiro-ministro, que me desafiou para explicar em concreto em que consiste
essa alternativa, esteja presente nesse debate e debata comigo aquilo que é,
nem mais nem menos, o futuro do nosso país", referiu Seguro.
Falando em Barcelos, durante a
apresentação da recandidatura de Miguel Costa Gomes à Câmara local, o líder
socialista sublinhou que "é impossível continuar" com o rumo da atual
governação, porque os portugueses chegaram "a uma situação
insustentável".
"Os portugueses não podem
continuar a fazer tantos sacrifícios. Não aceitamos mais nenhuma medida de
austeridade, nem que seja um pacote de 800 milhões chamado plano B, nem mais 4
mil milhões de cortes nas funções sociais do Estado. Não aceitamos, não
aceitamos", garantiu.
"Assim nao é
possível continuar"
Seguro disse que a "política de austeridade custe o
que custar" seguida pelo Governo "falhou a toda a linha", tendo
resultado "num país que sofre, num país em dificuldade, com portugueses a
ficarem para trás".
"Quando se dobra as
previsões de austeridade e recessão e o primeiro-ministro vem dizer que estamos
no caminho certo, isto já não é só impreparação, isto é já incompetência,
inconsciência e falta de respeito para com os portugueses", acrescentou.
No mesmo tom, questionou
"que credibilidade" tem este Governo quando "ao fim de 51 dias
vem dizer que se enganou, dizer que a economia vai cair o dobro do
previsto".
"Que primeiro-ministro é
este? Que ministro das Finanças é este? Que Governo é este? O que estão lá a
fazer? Chega, chega!", reclamou.
O secretário-geral do PS
defendeu que "a linha da dignidade das pessoas não pode ser
ultrapassada" e que "é chegado o momento de dizer à troika e aos credores que assim não é possível
continuar".
=Expresso=
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