O ministro da Saúde, Paulo Macedo, realizou no
sábado uma "prestação de contas" sobre a actividade do seu Ministério
a militantes do PSD, reunidos em Coimbra, classificando a Saúde como um verdadeiro
pilar de coesão social.
"A saúde é a área que tem maior equidade para os
cidadãos, há maior equidade do que no acesso à habitação ou à educação",
disse Paulo Macedo, intervindo nas jornadas 'Consolidação, Crescimento e
Coesão'.
O ministro disse ainda que foi na actual época de crise que, com o actual
Governo, o sector da saúde "teve o maior orçamento de sempre, mais de 9
mil milhões de euros, não só para funcionar mas também para regularizar
dívidas".
Paulo Macedo frisou, igualmente, que a consolidação de contas na Saúde
"é essencial" para manter o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que
este só é sustentável para o futuro desde que não esteja, sistematicamente, a
acumular dívidas ou a deixar défices.
Notou, a esse propósito, que "todos os direitos têm custos",
sejam estes abstractos "ou muito concretos".
Na "prestação de contas" de ontem, Paulo Macedo considerou que a
Saúde "não tem falta de debate" e revelou vários números - mais de 40
milhões de consultas, 500 mil intervenções cirúrgicas ou seis milhões de
urgências - que demonstram a aposta na manutenção do SNS por parte do Governo,
alegou.
"Temos um SNS a funcionar com qualidade, a funcionar a atender as
pessoas, com uma satisfação das pessoas significativa", referiu Paulo
Macedo.
O governante referiu ainda, entre outras medidas, a
política do medicamento elaborada pelo atual Governo, que levou a uma
"poupança" nos medicamentos por via dos genéricos.
"Levou a uma redução concreta do custo dos medicamentos e os
portugueses, infelizmente, não tiveram muitas áreas de redução de custos, (à
excepção) talvez a prestação da casa", afirmou Paulo Macedo.
O ministro disse ainda que em 2012 a tutela reduziu "cerca de um
milhão de horas extraordinárias", defendendo que as unidades de saúde
nacionais "sabem que devem tirar melhor proveito" da capacidade
instalada.
"É aqui que podemos ainda rentabilizar o que o Estado já
investiu", frisou Paulo Macedo, que considerou ainda a prescrição
electrónica de medicamentos e meios complementares de diagnóstico um
"passo muito significativo", por um lado, para a prevenção de fraudes
e, por outro, para a redução de custos na Saúde.
N. M.
PS: A saúde, do ponto de vista Constitucional, “deve ser
tendencialmente gratuita” e para todos os cidadãos.
As taxas moderadoras são um roubo que tem vindo a
crescer, impedindo que muitos cidadãos possam recorrer aos serviços.
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