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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Comediante anti-regime tem mais votos e impede maioria no Senado italiano


Bloco de Berlusconi consegue eleger 115 senadores, o bloco de Bersani elege 113 e o Movimento 5 Estrelas 58 das 315 cadeiras. Com 18 senadores, surge a Escolha Cívica, grupo de partidos de centro que apoiaram Mario Monti.

Beppe Grillo, o comediante que lidera o Movimento 5 Estrelas, um partido anti-regime, acaba por ser o grande vencedor das eleições de domingo e segunda-feira em Itália. Isoladamente, foi o partido que obteve mais votos para a Câmara dos Deputados e conseguiu impedir uma maioria no Senado. 

Foi a grande surpresa nas eleições italianas, o partido de Beppe Grillo obteve mais votos na Câmara dos Deputados e travou uma maioria no Senado. A coligação do Partido Democrata, liderada por Pier Luigi Bersani, obteve uma escassa vantagem sobre a coligação de centro-direita, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, na eleição para a Câmara dos Deputados. 

Mas graças à lei eleitoral italiana, que prevê prémios de maioria, e em que a vantagem de apenas um voto chega para conseguir 55% dos lugares da Câmara dos Deputados, Bersani obteve 340 dos 630 assentos. 

No Senado, o bloco de Berlusconi consegue eleger 115 senadores, o bloco de Bersani elege 113 e o Movimento 5 Estrelas 58 das 315 cadeiras. Muito atrás, com 18 senadores, surge a Escolha Cívica, grupo de partidos de centro que apoiaram Mario Monti, que é o grande derrotado destas eleições. 

Nem o Partido Democrata, aliado a Mário Monti, nem este aliado à coligação de centro-direita de Berlusconi chegam para obter maioria no Senado. 

Face a estes resultados, só há três soluções possíveis: a coligação de Bersani alia-se à de Berlusconi, formando uma grande coligação, ou cada um deles tenta um entendimento com Beppe Grillo para a formação de um Executivo.


=Renascença=


PS: Os italianos são sempre surpreendentes e, desta vez, fizeram - de certo modo - o jogo que mais convinha à Europa. Dividiram-se cada vez mais, fazendo com que se mantenham muitas incertezas quanto ao seu futuro próximo, mas também distante. 

Sendo premente mudar a ordem mundial, os italianos continuam a remar contra a maré, esquecendo-se que a sua indecisão pode abalar profundamente a ordem mundial, sobretudo a europeia.


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