Devido à globalização económica e anti-social,
devido às políticas de austeridade, devido aos péssimos políticos existentes no
mundo, especialmente na Europa, milhões de crianças vivem e morrem de fome, sem
que nenhum político sinta qualquer sentimento a seu respeito.
São as crianças e os velhos – sim, velhos – quem mais
sofre, apesar de estes terem trabalhado toda uma vida e receberem pensões
miseráveis, e mesmo assim, sujeitas a cortes, como é o caso em Portugal
actualmente.
Por vezes fico admirado como se pode, alguns o fazem
demasiadas vezes, brincar com toda a miséria humana que hoje vivem certas
sociedades, que com o seu silêncio e riso, provocam cada vez mais assimetrias
sociais.
Como é evidente, os políticos mostram-se
compungidos, tristes, apreensivos nos seus discursos,mas como têm sempre a
barriga cheia, como a carteira e as contas bancárias recheadas, tudo não passa
de mera hipocrisia.
Há anos atrás dizia-se que o continente africano
deveria merecer a atenção dos países ricos do mundo. Hoje, a coisa estendeu-se
também à Europa, à Ásia e a determinados países sulamericanos.
Os países ricos estão-se nas tintas para as
situações aberrantes vividas por essas crianças e adultos, pelos velhos e, em
vez de ajudarem, vão ainda tomar conta de tudo quanto lhes interessa para a
indústria farmacêutica e da madeira, mas também do ferro e do cobre, como os
diamantes e tudo quanto lhes possa proporcionar ainda maior enriquecimento.
E tudo se mantém, desde que eles continuem a encher
os cofres de alguns, os capitalistas que dominam o mundo, dominando desse modo
também os políticos, que se apressam a elaborar leis protectoras dos grandes
empresários, que acumulam no grupo dos grandes capitalistas mundiais.
De vez em quando há reuniões do grupo dos G8, ou
G30, e de lá saem alguns “tostões”, que se detinam a calar as bocas incómodas
que se abrem em defesa dos desprotegidos, dos pobres, que vivem em condições
indignas para seres humanos que são.
E, o mundo vai assistindo a tudo isso calado, só
porque não há o desejo de combater a pobreza extrema que se apoderou de muitos
povos, precisamente porque hoje em dia se acabaram as ideologias e se critica
quem ainda perfilha alguma, sobretudo a de defesa intransigente dos mais pobres
do mundo capitalista.
Dizem-se cristãos, democrata-cristãos e outras
coisas bem sonantes, que agrada a alguns, filiando-se ou na Opus Dei ou na
maçonaria, agora também Maçonaria Católica, essa mentira descarada com que
pretendem calar-nos.
De tudo quanto se vai vendo pelo mundo, bastando
olharmos à nossa volta e no nosso próprio país, na Europa.., podemos concluir
que a miséria veio para ficar, recordando os tempos da expansão e da
colonização, como também os tempos da escravatura, que apesar do que dizem, de
modo algum foi abolida.
Aliás, temos a prova em Portugal, com toda essa
política de austeridade para os mais pobres, mas de modo algum temos o direito
à exclusividade.
Curiosamente, e embora possa magoar alguém, a Igreja
Católica fecha os olhos ao que se vai passando pelo mundo, tentando alienar os
povos com lições de moral oferecidas gratuitamente por quem deveria manter-se
calado.
Pode não existir o mesmo tipo de ditadura, mas
existe uma nova forma, um novo método, que é a ditadura da fome.
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