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sábado, 23 de fevereiro de 2013

«A DITADURA DA FOME»



Devido à globalização económica e anti-social, devido às políticas de austeridade, devido aos péssimos políticos existentes no mundo, especialmente na Europa, milhões de crianças vivem e morrem de fome, sem que nenhum político sinta qualquer sentimento a seu respeito.

São as crianças e os velhos – sim, velhos – quem mais sofre, apesar de estes terem trabalhado toda uma vida e receberem pensões miseráveis, e mesmo assim, sujeitas a cortes, como é o caso em Portugal actualmente.

Por vezes fico admirado como se pode, alguns o fazem demasiadas vezes, brincar com toda a miséria humana que hoje vivem certas sociedades, que com o seu silêncio e riso, provocam cada vez mais assimetrias sociais.

Como é evidente, os políticos mostram-se compungidos, tristes, apreensivos nos seus discursos,mas como têm sempre a barriga cheia, como a carteira e as contas bancárias recheadas, tudo não passa de mera hipocrisia.

Há anos atrás dizia-se que o continente africano deveria merecer a atenção dos países ricos do mundo. Hoje, a coisa estendeu-se também à Europa, à Ásia e a determinados países sulamericanos.

Os países ricos estão-se nas tintas para as situações aberrantes vividas por essas crianças e adultos, pelos velhos e, em vez de ajudarem, vão ainda tomar conta de tudo quanto lhes interessa para a indústria farmacêutica e da madeira, mas também do ferro e do cobre, como os diamantes e tudo quanto lhes possa proporcionar ainda maior enriquecimento.

E tudo se mantém, desde que eles continuem a encher os cofres de alguns, os capitalistas que dominam o mundo, dominando desse modo também os políticos, que se apressam a elaborar leis protectoras dos grandes empresários, que acumulam no grupo dos grandes capitalistas mundiais.

De vez em quando há reuniões do grupo dos G8, ou G30, e de lá saem alguns “tostões”, que se detinam a calar as bocas incómodas que se abrem em defesa dos desprotegidos, dos pobres, que vivem em condições indignas para seres humanos que são.

E, o mundo vai assistindo a tudo isso calado, só porque não há o desejo de combater a pobreza extrema que se apoderou de muitos povos, precisamente porque hoje em dia se acabaram as ideologias e se critica quem ainda perfilha alguma, sobretudo a de defesa intransigente dos mais pobres do mundo capitalista.

Dizem-se cristãos, democrata-cristãos e outras coisas bem sonantes, que agrada a alguns, filiando-se ou na Opus Dei ou na maçonaria, agora também Maçonaria Católica, essa mentira descarada com que pretendem calar-nos.

De tudo quanto se vai vendo pelo mundo, bastando olharmos à nossa volta e no nosso próprio país, na Europa.., podemos concluir que a miséria veio para ficar, recordando os tempos da expansão e da colonização, como também os tempos da escravatura, que apesar do que dizem, de modo algum foi abolida.

Aliás, temos a prova em Portugal, com toda essa política de austeridade para os mais pobres, mas de modo algum temos o direito à exclusividade.

Curiosamente, e embora possa magoar alguém, a Igreja Católica fecha os olhos ao que se vai passando pelo mundo, tentando alienar os povos com lições de moral oferecidas gratuitamente por quem deveria manter-se calado.

Pode não existir o mesmo tipo de ditadura, mas existe uma nova forma, um novo método, que é a ditadura da fome.

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