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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Portugal tem crédito muito grande, apesar de mais subsídios a pagar”


À saída do Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi questionado, pelos jornalistas, sobre o decurso da sétima avaliação da troika, referindo que vai cumprir o compromisso de “discriminar um conjunto de poupanças permanentes a partir de 2014”, e no valor de quatro mil milhões de euros.
“O Governo (…) tem o compromisso com a troika de neste exame [a sétima avaliação do memorando] poder discriminar um conjunto de poupanças que sejam permanentes a partir de 2014”, lembrou o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, à saída do SISAB, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Questionado pelos jornalistas sobre quando serão anunciados os sectores em que serão cortados os quatro mil milhões na despesa do Estado, Passos reiterou que “isso será publicitado em devido tempo”, acrescentando que esta “é justamente uma das matérias que temos em exame regular”.

O chefe de Estado destacou, porém, que “o caminho que fizemos até aqui foi suficientemente rigoroso para que o défice estrutural baixasse quase seis pontos, e isso atribui crédito a Portugal”.

“Temos do nosso lado um crédito muito grande, apesar de haver menos impostos e mais subsídios de desemprego a pagar, em virtude da crise. A verdade é que o Estado [já] diminuiu estruturalmente a sua despesa”, salientou.

Ainda em relação às estimativas de Bruxelas, Passos Coelho referiu que “os dados relativos ao último trimestre do ano passado, observados na economia portuguesa, mostraram um abrandamento nas exportações, o que quer dizer que a crise que se vive na Europa tem efeito" nas mesmas. 

N. M.

PS: Portugal, senhor Pedro, até pode ter um crédito muito grande, mas os portugueses não podem viver desse crédito. Além de precisarem de trabalhar, precisam também de ganhar dinheiro para comer, vestir-se, pagar a renda de casa, da luz, da água, pagar as propinas dos filhos, e todas as coisas, bens, necessários à vida familiar.

Ora, como há cerca de um milhão e trezentos mil portugueses desempregados, como lhes foi cortado o subsídio de desemprego de longa duração, só porque aos 40 anos são demasiado novos para se reformar e demasiado velhos para conseguirem um novo emprego, que crédito podem eles ter no seu próprio país, onde são roubados constantemente?

Será que poderia fazer o especial favor de deixar de ser "lírico"?


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