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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"É incontornável que o País está numa situação de exaustão fiscal"


O antigo ministro das Finanças, Eduardo Catroga assinala o “aumento da idade da reforma” e a intensificação do “processo de reestruturação das estruturas [da Função Pública] e das prestações sociais, como medidas incontornáveis no âmbito dos cortes de 4 mil milhões de euros nas despesas do Estado Social. O responsável salienta ainda, em entrevista ao Diário Económico, que “o País está numa situação de exaustão fiscal”.
“Temos de aumentar a idade da reforma e reduzir a velocidade de incremento da quantidade de reformados”. Esta é uma das medidas sugeridas pelo antigo responsável da pasta das Finanças, Eduardo Catroga, a propósito dos cortes de 4 mil milhões de euros nas funções sociais do Estado. O responsável refere que “o Governo tem um menu de alternativas”, sendo que, em seu entender, não poderão deixar de passar por “uma racionalização das prestações sociais”, bem como por um “intensificar do processo de reestruturação das estruturas [da Função Pública]”.

Para Eduardo Catroga, “é incontornável que o País está numa situação de exaustão fiscal”, defendendo que “o Governo devia ter chamado uma organização internacional, como a OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico], o Banco Mundial, no sentido de preparar um programa global, evitando medidas avulsas”.

Ao mesmo tempo, o responsável que negociou com a troika os objectivos do memorando, aponta o dedo às projecções daquela entidade que chega esta segunda-feira a Portugal para a sétima avaliação do programa de ajustamento, aludindo a “insuficientes correcções” e falhas técnicas. Catroga advoga ainda que o “memorando já devia ter sido reajustado e alvo de nova assinatura por parte do PS.

A redução do défice público para 3% só será possível de atingir “em 2016”, vaticina o ex-ministro das Finanças, que prevê ainda que, se os socialistas, o CDS, ou os parceiros sociais não deram condições ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para governar, terão de promover uma nova solução de convergência, que poderá prender-se com um Executivo de salvação nacional. 

N. M.

PS: Eis alguém  que deveria estar calado, devido a tudo quanto se passou e que se passa actualmente, já que vence anualmente uma fortuna no Conselho Geral da EDP, quatro reuniões por ano, enquanto outros trabalham duramente para ganharem uma miséria.

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