O secretário-geral do PS, António José Seguro,
vai esta sexta-feira a Belém para transmitir ao Presidência da República,
Cavaco Silva, a sua incredulidade com o recente anúncio de que a estimativa de
recessão para este an, passou para o dobro, e manifestar as suas dúvidas em
relação à mudança de estratégia do Governo, escreve o semanário Sol.
No dia em que o líder socialista vai pela quarta
vez a Belém em ano e meio de mandato do chefe de Estado, o semanário Sol apurou
junto de duas fontes da direcção do PS que Seguro decidiu pedir nova audiência
ao Presidente da República, Cavaco Silva, porque esta semana foi “totalmente
surpreendido” pelo anúncio de que a recessão este ano vai ser de 2%.
“A estimativa de recessão passou para o dobro. E, depois pede-se
mais tempo, não para estabilizar a economia mas para prolongar a austeridade”,
destaca ao Sol fonte próxima de António José Seguro.
É, por isso, intenção do líder
do PS transmitir a Cavaco Silva a sua incredulidade e oposição à estratégia do
Governo. Assim sendo, em Belém, Seguro vai defender a suspensão da austeridade
e dos cortes no Estado porque, defende o socialista, vão apenas contribuir para
o desemprego e clima económico negativo, ao mesmo tempo que impedem consensos
com a oposição.
Outra fonte ouvida pelo Sol
sublinha que “o PS pediu mais tempo, mas não para isto”.
A audiência que o
secretário-geral do PS pediu ao chefe de Estado está marcada para as 15h30
desta sexta-feira no Palácio de Belém.
N. M.
PS: A melhor “queixa” que
poderia fazer, era juntar-se aos restantes partidos de esquerda com assento
parlamentar, e programarem, em conjunto, uma oposição firme e séria às
políticas desastrosas do actual governo.
Queixar-se ao presidente?
E que alternativas apresenta?
Até mesmo para se fazer
oposição deve haver competência e não apenas “fogo de vista”.
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