Portugal tem vindo a
transformar-se no maior – à sua escala – consumidor de venenos agrícolas. Todos
os dias os portugueses comem veneno.
O já muito pouco que se
produz é um verdadeiro veneno agrícola, que ronda uma média de 6 litros anuais
por pessoa ou 100 litros por hectare cultivado, de venenos lançados sobre os
produtos. Uma vergonha! Um indicador incomparável com a situação de nenhum
outro país agrícola europeu.
Há um oligopólio de
produção nas mãos de alguns e algumas empresas transnacionais que controlam
toda a produção e estimulam o veneno, como a Bayer, a Basf, Sungenta, Shell
química….
Existem muitos
pulverizadores agrícolas. A pulverização aérea é a mais contaminadora e
comprometedora para toda a população.
Há diversos produtos
usados em Portugal que já estão proibidos nos países de origem. Sobre estes
assuntos, nenhuma ASAE se pronuncia!
Assiste-se a uma liminar
no “neutral poder judicial” português, que autorizou a retirada durante dois ou
três anos… mas quem será o responsável pelas consequências pelo uso durante
esse tempo?
Os agricultores do
agronegócio usam e abusam de venenos como única forma para manter a matriz na
base da monocultura sem usarem mão-de-obra.
Um dos venenos mais
usados é o secante, que é aplicado no fim da safra, para matar as próprias
plantas, podendo assim colher com as máquinas num mesmo período.
Pois bem, esse veneno
secante vai para a atmosfera e regressa depois com a chuva, atingindo
democraticamente toda a população, inclusive doutras paragens e cidades.
Como consequências, o
aumento de doenças, de abortos inexplicados e indesejados na população que vive
no ambiente dominado pelos venenos da soja.
Já se verificou o aumento
do cancro, consequência do aumento do uso de agrotóxicos.
Sem qualquer ponta de
cinismo penso que, a ASAE deveria poder intervir e fazê-lo a todos esses
venenos adulterados, produzidos por grandes empresas transnacionais. Ou seja,
além de aumentar o uso de veneno, falsificam a fórmula autorizada, para o
tornar mais potente e, desse modo, iludir ainda mais o agricultor.
Ocorrem cerca de dois
mil casos de cancro em Portugal
anualmente, na sua maioria consequência dos alimentos contaminados, metade
necessitando duma certidão de óbito.
Tudo isto acontece
diariamente, e ninguém diz nada. Talvez pelo conluio existente entre as grandes
empresas e determinados monopólios. A sistemática propaganda de empresas que
apresentam lucros astronómicos, é a de que é impossível produzir sem venenos.
Uma grande e descarada mentira.
A humanidade
reproduziu-se ao longo de dez milhões de anos sem usar venenos, que só se
usaram depois da Segunda Guerra Mundial, como uma adequação das fábricas de
bombas químicas, para matar os vegetais e os animais.
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