Que seja difícil, e
portanto grave, um caso pedagógico político não deve, porém, desesperar, e
ainda menos atemorizar.
O medo de agir mal ou
muito tarde, ou de não agir de forma nenhuma, não fará mais do que piorar uma
situação, da qual um pouco de reflexão poderia livrar o senhor Pedro e seus
amigos.
Inicialmente, compreender,
depois querer com determinação, e, graças a esses dois remédios, quase não há
casos realmente desesperados…
Mas o que ocorre,
comumente? Os políticos, que devem ser responsabbilizados pelos seus actos como
qualquer cidadão, perante a justiça do país, mas também ante a opinião pública,
que é a que elege, e que diz respeito á soberana cidadania.
De nada servem as
desculpas engendradas, alegando uma ou várias razões profundas, essenciais, de
uma mudança, de uma nomeação, sem que se não obtenha senão mais desesperados,
para com os quais de nada vale encolher os ombros e soltar suspiros aflitos!,
embora sob a forma de arrogãncia, apanágio do senhor Pedro e seus seguidores no
actual governo.
De nada vale essa inquietação,
e a cólera não é solução!
Lembremo-nos que era no
tempo da ditadura salazarista que não eram dadas satisfações aos cidadãos e, se
estivessemos mais cônscios disso, estaríamos menos inclinados ao medo. Mas, “gato
escaldado, de água fria tem medo!”, sendo devido ao caso do BPN, em que muitas
individualidades encheram a pança, que hoje sentimos na pele e na bolsa, ou
carteira, os efeitos de todas essas honestidades e seriedades tão apregoadas
hoje em relação ao senhor Franquelim.
Será que ainda não chegou
o momento de dizermos, todos em uníssono, um sonoro “BASTA” e de exigirmos uma
real seriedade, honestidade e sobriedade no seio do governo e mais consideração
pelos cidadãos, eternos bodes expiatórios dos seus erros?
Dir-se-ia que temos vindo
a ser vendidos ou hipotecados, e que devemos ficar reféns das vontades, únicas,
dos que afirmam governar a Pátria?
Já era tempo,
efectivamente, de mostrarem a ética que tem faltado a este governo!
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