O CDS-PP esclareceu, no domingo à noite, que
desconhece qualquer acusação ao secretário de Estado Franquelim Alves,
ex-administrador do grupo SLN/BPN e, por isso, decidiu "não levantar uma
questão que a justiça não levantou".
Em comunicado enviado à Lusa, o partido liderado por Paulo Portas
refere que, "em coligação, cada partido indica os seus elementos" e
afirma que o CDS "não teve nem tinha que ter intervenção na escolha do
secretário de Estado da Inovação e Empreendedorismo".
"Não havendo notícia que o referido
secretário de Estado tenha sido acusado ou penalizado nas averiguações feitas
até hoje pelo Banco de Portugal e pelo Ministério Público à Sociedade Lusa de
Negócios (SLN), não seria o CDS a levantar uma questão que a justiça não
levantou", acrescenta a nota assinada pelo secretário-geral do partido,
António Carlos Monteiro.
O esclarecimento do parceiro do
PSD na coligação governamental em relação ao controverso secretário de Estado
surgiu depois de, na sua edição de domingo, o Diário de Notícias ter publicado
um artigo com o título "CDS ‘incrédulo’ com nomeação de Franquelim".
O ministro da Economia, Álvaro
Santos Pereira, que tem a tutela da referida secretaria de Estado, disse, no
domingo à tarde, que não houve objecções do CDS à nomeação de Franquelim Alves
para o Governo, desafiando "quem se mostre indignado" com a escolha a
assumi-lo publicamente.
"Quem, obviamente, se mostre indignado que diga publicamente.
Eu acho que isso é óbvio que tem de acontecer", declarou Santos Pereira
aos jornalistas, em Coimbra.
Santos Pereira expressou “total
confiança” no secretário de Estado, rejeitando as diversas “insinuações e
suspeitas” lançadas contra o antigo administrador da SLN/BPN.
“O mais importante, neste
momento, é salvaguardar o bom nome das pessoas”, defendeu, ao frisar que o novo
secretário de Estado “não é arguido, nem é alvo de nenhuma investigação”.
A nomeação de Franquelim Alves
para secretário de Estado suscitou polémica nos últimos dias e foi criticada
por toda a oposição.
Antes da cerimónia de posse, na
sexta-feira, o PCP afirmou esperar que o Presidente da República se recusasse a
empossar Franquelim Alves, alegando que este omitiu a sua passagem pelo grupo
SLN/BPN e as imparidades no Banco Insular.
N. M.
PS: Quem será que mente? É que o senhor Pedro diz uma
coisa e o CDS uma outra, bem diferente. Então?
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