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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

«LIBERTADOR DA AMÉRICA LATINA»


Os feitos corajosos de um revolucionário, Simão Bolívar, libertaram metade de um continente da soberania espanhola imperial.

De pé, no topo do monte Aventino, em Roma, um jovem aristocrata venezuelano prometeu libertar o seu país da soberania espanhola. O jovem era Simão Bolívar, nascido numa família de ascendência espanhola em 1783.

Fora educado na Europa, na época da Revolução Francesa e viria a ser mais tarde conhecido por outro nome, “El Libertador”.

Em 1807, Bolívar regressou à Venezuela. No espaço de um ano já a conspirar para a libertação da América Latina.

A soberania espanhola era mal aceite pela elite crioula, nascida nas colónias, a qual era excluída de posições de autoridade pela classe dominante, nascida em Espanha.

Em 1811, a Venezuela declarou-se independente, mas seria rapidamente dominada por forças espanholas. Bolívar fugiu para Nova Granada )hoje Colômbia).

A partir daí, lançou um ataque contra a Venezuela e depois de uma duríssima campanha entrou na capital, Caracas, em 1813.

Todavia, no ano seguinte, seria de novo derrotado e em 1815 fugiu para as Antilhas.

Aí escreveu Carta da Jamaica, na qual expõe a sua convicção no sucesso imparável da revolução.

Ainda em 1815, com o auxílio do Haiti, Bolívar preparou sete navios com uma tripulação de 250 homens.

No seu próprio país recrutou um exército de llaneros (vaqueiros).

Em 1819 concebeu um plano para surpreender os espanhóis em Bogotá e expulsá-los da Nova Granada.

Conduziu 2 500 homens por entre planícies inundadas, altas montanhas e rios infestados de crocodilos, conseguindo apanhar de surpresa os defensores da cidade.

Na Batalha de Boyacá, o exército espanhol rendeu-se e três dias depois Bolívar entrou em Bogotá: a Nova Granada tinha sido libertada.

Em 1821, os espanhóis tinham sido expulsos da Venezuela; em 1822 abandonaram o Quito (actualmente Equador). Bolívar tornou-se presidente e ditador militar da República da Grande Colômbia, constituída pelos três novos países independentes.

Somente o Peru se manteve sob controlo espanhol.

Em 1825, depois das vitórias de Junín e Ayacucho, os espanhóis foram afastados definitivamente. O Alto Peru tomou o nome de Bolívia em honra do homem que orquestrara a sua libertação.

A América do Sul era agora independente, mas a guerra civil rapidamente surgiu, causada por disputas territoriais. Bolívar procurou estabelecer constituições autoritárias nos países que tinha libertado.

Percebendo que a sua crença num governo forte o tinha transformado num obstáculo à paz, abandonou a vida pública para ir viver na propriedade de um admirador.

Aí,o homem que libertara metade de um continente da soberania espanhola, morreu em 17 de Dezembro de 1830, ironicamente na casa de um espanhol.

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