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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A Doença de Alzheimer…


Na doença de Alzheimer produz-se uma atrofia cerebral progressiva, bilateral e difusa, que começa nas regiões médias temporais para afectar seguidamente o neocortex, sobretudo o temporal parietal e frontal.
Produzem-se a lesão e posterior destruição dos neurónios (células cerebrais) em relação com o aparecimento de depósitos insolúveis, extra como intracelulares.

O elemento fundamental dos depósitos extracelulares é a proteína beta-amilóide, que forma redes e se agrega, constituindo as placas difusas e outras – neuríticas – estas últimas com um denso núcleo.

Mas, na doença de Alzheimer, predomina a excisão consecutiva da proteína percursora da beta-amilóide imunopositiva.

Os dez sinais de alarme da doença de Alzheimer, podem pôr-nos em guarda ao sugerir-nos que uma pessoa talvez esteja a iniciar a doença, inicialmente incidiosa.

Deve recorrer-se a um médico logo que surja a perda de memória, especialmente a recente.

O paciente não se lembra onde deixou as coisas, incluindo objectos de valor, esquece recados ou encontros, deixa as torneiras abertas e o fogão ligado, não recorda as pessoas que acaba de conhecer nem é capaz de aprender a manejar os novos electrodomésticos.

·         Perda de memória que afecta a capacidade laboral.
·         Dificuldade para levar a cabo tarefas familiares.
·         Problemas da linguagem.
·         Desorientação no tempo e no espaço.
·         Juízo pobre e diminuído.
·         Problemas com o pensamento abstracto.
·         Coisas colocadas em lugares errados.
·         Alterações no humor ou do comportamento.
·         Alterações da personalidade.
·         Perda da iniciativa.

Repete uma e outra vez as mesmas coisas e faz, uma e outra vez as mesmas perguntas, sentindo dificuldades para encontrar a palavra adequada numa conversação.

O rendimento laboral é cada vez mais pobre e começa, mais adiante, a apresentar ideias delirantes, culpando os familiares de lhe esconderem, ou lhe roubarem, as coisas.

Subitamente, o seu aspecto deixa de o preocupar e, cada vez mais, custa-lhe mais seguir uma conversação ficando, frequentemente, sem saber o que queria dizer. Começa a retrair-se, tendendo a deixar de sair e a abandonar os seus hábitos sociais e higiénicos. Surgem episódios de desorientação, que inicialmente se referem apenas aos lugares menos conhecidos.

A sua percepção da realidade é cada vez mais pobre e o quadro evolui já rapidamente para a demência grave. Sente, então, dificuldades para se vestir, lavar-se, manusear os talheres, dorme mal, está hiperactivo sem finalidade determinada; surge a incontinência urinária na cama.

Podem aparecer crises epilépticas e o paciente caminha agora lentamente, com o tronco flectido. Urina e defeca em lugares impróprios, emite apenas algumas palavras ininteligíveis e tem intensos transtornos do sono e do comportamento. Finalmente não consegue andar e comunicar em absoluto, vindo a falecer devido a processos intercorrentes, úlceras por pressão que se infectam, pneumonia…

O Cuidador

A pessoa que cuida de um paciente com doença de Alzheimer deve, por sua vez, ter em atenção a necessidade do treino psicoeducativo completo, o que é benéfico para ele, e prolongar a manutenção da sua dedicação.

Estes cuidados conseguem-se junto de grupos de apoio que aconselharão a sua própria libertação mediante breves internamentos do paciente em instituições adequadas, o que favorece também o seu bom estado físico e psíquico e aumenta as suas possibilidades de continuar nas suas funções.

Podem ser também de grande utilidade o uso de redes informáticas para facilitar formação e apoio aos cuidadores e programas de apoio telefónico.

Para reduzirem os transtornos de comportamento do paciente, os cuidadores devem usar música suave que lhe agrade, o que reduz a agitação, as agressões e as alterações do ânimo em várias situações quotidianas, entre elas as refeições e o banho.

O passeio e outras formas de exercício ligeiro, têm também efeitos positivos, como reduzir o vagabundeio, a agressividade e a agitação.

O uso de massagens tem dado até agora resultados contraditórios, ainda que a massagem com substâncias aromáticas agradáveis – a chamada aromaterapia – demonstrou reduzir a agitação.

A terapia com animais de companhia – particularmente os cães -  pode melhorar a sociabilidade do paciente, e a activação psicomotora pode melhorar a capacidade cognitiva, mas também aumentar o comportamento agressivo e negativo.

Alguns pacientes podem beneficiar com as terapias de presença simulada, com o uso de vídeos ou de áudio com imagens e som precedentes de familiares.

J. A.

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