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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Igreja mandou para o Vaticano bispo suspeito de assédio sexual


Um ano depois de ter sido apresentada uma queixa de assédio sexual contra o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, a Igreja Católica enviou-o para o Vaticano, onde foi nomeado para delegar o Conselho Pontifício da Cultura da Santa Sé, conta esta quinta-feira o Diário de Notícias (DN).
Apesar das suspeitas de assédio sexual que incidiam sobre o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, e cuja denúncia foi feita directamente ao Núncio Apostólico, representante do Papa em Portugal pela alegada vítima, em Novembro de 2011 o Bispo Auxiliar foi nomeado para delegar o Conselho Pontifício da Cultura da Santa Sé, na Cúria Romana.

O caso, avançado na edição desta quinta-feira da revista Visão, remonta aos anos 80, quando D. Carlos Azevedo era director espiritual do Seminário Maior do Porto, que era também frequentado, na altura, pela alegada vítima, o padre José Nuno Ferreira da Silva. Mas, segundo apurou o DN, este seminarista não terá sido o único a sofrer assédio sexual, há indícios de que outros jovens foram abordados.

Durante anos, o assunto foi comentado na Diocese do Porto, como confirma ao DN o Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, revelando que a primeira vez que ouviu falar sobre o caso foi em “2006/2007”, pouco depois de D. Carlos Azevedo ser nomeado adjunto do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, em 2005.
As denúncias, acrescenta D. Januário Torgal Ferreira, foram feitas “por pessoas da Igreja e por outras de fora”.

Mas, mais tarde, o assunto volta a público, quando foi equacionada a possibilidade de o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, ir para Lisboa e ser substituído por D. Carlos Azevedo. Indignado, o padre José Nuno Ferreira da Silva terá tomada a iniciativa de denunciar o caso directamente ao representante do Papa em Portugal. O que terá acontecido em 2010, pressupõe o DN.

Certo é que, um ano depois, em Novembro de 2011, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, é nomeado para delegar o Conselho Pontifício da Cultura da Santa Sé, na Cúria Romana. O que voltou a provocar surpresa e incómodo no seio da Igreja portuguesa.

Saliente-se que ontem, em declarações à televisão SIC, D. Carlos Azevedo negou "totalmente a acusação de assédio sexual", reforçando que "de maneira nenhuma" teve "qualquer relação com essa pessoa [o padre José Nuno Ferreira da Silva]".

N. M.

PS: Será que o Vaticano se transformou nom “covil” de ladrões , de violadores e dos que assediam sexualmente?

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