Um ano depois de ter sido apresentada uma
queixa de assédio sexual contra o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo,
a Igreja Católica enviou-o para o Vaticano, onde foi nomeado para delegar o
Conselho Pontifício da Cultura da Santa Sé, conta esta quinta-feira o Diário de
Notícias (DN).
Apesar das suspeitas de assédio sexual que incidiam sobre o
Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, e cuja denúncia foi feita
directamente ao Núncio Apostólico, representante do Papa em Portugal pela
alegada vítima, em Novembro de 2011 o Bispo Auxiliar foi nomeado para delegar o
Conselho Pontifício da Cultura da Santa Sé, na Cúria Romana.
O caso, avançado na edição desta quinta-feira da revista
Visão, remonta aos anos 80, quando D. Carlos Azevedo era director espiritual do
Seminário Maior do Porto, que era também frequentado, na altura, pela alegada
vítima, o padre José Nuno Ferreira da Silva. Mas, segundo apurou o DN, este
seminarista não terá sido o único a sofrer assédio sexual, há indícios de que
outros jovens foram abordados.
Durante anos, o assunto foi comentado na Diocese do Porto,
como confirma ao DN o Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira,
revelando que a primeira vez que ouviu falar sobre o caso foi em “2006/2007”,
pouco depois de D. Carlos Azevedo ser nomeado adjunto do Cardeal Patriarca de
Lisboa, D. José Policarpo, em 2005.
As denúncias, acrescenta D. Januário Torgal Ferreira, foram
feitas “por pessoas da Igreja e por outras de fora”.
Mas, mais tarde, o assunto volta a público, quando foi
equacionada a possibilidade de o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, ir para
Lisboa e ser substituído por D. Carlos Azevedo. Indignado, o padre José Nuno
Ferreira da Silva terá tomada a iniciativa de denunciar o caso directamente ao
representante do Papa em Portugal. O que terá acontecido em 2010, pressupõe o
DN.
Certo é que, um ano depois, em Novembro de 2011, o Bispo
Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, é nomeado para delegar o Conselho Pontifício
da Cultura da Santa Sé, na Cúria Romana. O que voltou a provocar surpresa e
incómodo no seio da Igreja portuguesa.
Saliente-se que ontem, em declarações à televisão SIC, D.
Carlos Azevedo negou "totalmente a acusação de assédio sexual",
reforçando que "de maneira nenhuma" teve "qualquer relação com
essa pessoa [o padre José Nuno Ferreira da Silva]".
N. M.
PS: Será que o Vaticano se transformou nom “covil” de
ladrões , de violadores e dos que assediam sexualmente?
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