Venho, através da
presente, manifestar o meu total apoio ao esforço despendido na modernização do
nosso país.
Como cidadão comum,
não tenho muito mais a oferecer que o meu trabalho, mas uma vez que tanto se
tem falado da Reforma Fiscal, percebi e apercebi-me que posso, definitivamente,
contribuir mais.
Passo a
explicar-me:
Na actual lei
desconto, na fonte, 35% do meu salário.
Como pode ver, sou
um português afortunado. Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o
Governo fazer tudo aquilo que promete aos cidadãos em tempo de pré-campanha
eleitoral
Mesmo junto ao
valor pago por alguns milhões de portugueses e não falando daqueles que podem
pagar e não pagam. Parece ser contra a sua, deles, religião.
A minha sugestão é
invertermos as percentagens, e passo a explicar:
A partir do próximo
mês, na parte que me toca, autorizo o Governo a ficar com 65% do meu salário.
Portanto, eu
receberia 35% do resultado do meu trabalho e o Governo com os remanescentes
65%.
Tudo funcionaria
assim: eu fico com os 35% limpos, sem qualquer ónus. O Governo fica com 65% e
paga as contas de:
Escola Privada;
Sistema de Saúde; Despesas com o dentista; Medicamentos; Materiais escolares;
Condomínio: Água; Luz; Telefone;
Supermercado; Gasolina ou Gasóleo; Vestuário, Calçado; Lazer, CMPF; IVA; IRS;
ITU; IMI; IMS, não valendo perguntar-me a que equivalem tais iniciais ou
siglas… e também a segurança privada,
que isso da pública já foi; O Governo comprometer-se-á ainda a pagar o seguro e
qualquer taxa extra que, porventura, seja repentinamente criada por qualquer
decisão dos poderes executivo, legislativo ou judiciário.
Um abraço, senhor
Primeiro-Ministro e muitas felicidades, do fundo do coração.
Assina: Um
trabalhador que já não sabe mais que fazer para conseguir sobreviver com
dignidade.
PS: Abro a
possibilidade de podermos até negociar a percentagem!!!
(De modo algum
pretendo falar do autêntico Forróbó da Assembleia da República, com mais de 230
deputados, a maioria deles sem nada fazerem que votar o que mandam os seus
líderes – trabalhar é coisa só para aqueles que tanto hostiliza – os de
Esquerda! Recebem 14 salários anuais, no início e fim de cada ano legislativo,
90 dias de férias anuais e ainda uma folga remunerada até 30 dias/ano. Isto
cada um deles, dos tais cerca de 230 deputados. Esse dinheiro sai dos cofres
públicos, ou seja, do nosso bolso. Nem sequer falo dos que possuem quatro ou
mais reformas e alguns tachos em empresas públicas ou privadas.
Mostremos a nossa
indignação enviando esta mensagem para todos os conhecidos e amigos e,
sobretudo, haja grande paciência que, ao que dizem, evitará a conta do
Oftalmologista.
PS: Já agora,
queira dizer ao seu ministro das finanças que não volte a falar aos cidadãos,
pois de cada vez que o faz é para os «cravar» com mais cortes e mais impostos e
explicar-nos, sem nada dizer, que gosta de jogar por antecipação à vossa tão
estimada «troika» que, que nunca teria sido necessária nem foi ou é benvinda a
Portugal. E também, quando estiver com o Senhor Presidente da República, faça o
favor de lhe dizer que não precisa de falar tanto aos portugueses, porque estão
cientes do que realmente os espera. A miséria..!
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