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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro da República Portuguesa


Venho, através da presente, manifestar o meu total apoio ao esforço despendido na modernização do nosso país.

Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer que o meu trabalho, mas uma vez que tanto se tem falado da Reforma Fiscal, percebi e apercebi-me que posso, definitivamente, contribuir mais.

Passo a explicar-me:

Na actual lei desconto, na fonte, 35% do meu salário.

Como pode ver, sou um português afortunado. Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o Governo fazer tudo aquilo que promete aos cidadãos em tempo de pré-campanha eleitoral

Mesmo junto ao valor pago por alguns milhões de portugueses e não falando daqueles que podem pagar e não pagam. Parece ser contra a sua, deles, religião.

A minha sugestão é invertermos as percentagens, e passo a explicar:

A partir do próximo mês, na parte que me toca, autorizo o Governo a ficar com 65% do meu salário.

Portanto, eu receberia 35% do resultado do meu trabalho e o Governo com os remanescentes 65%.

Tudo funcionaria assim: eu fico com os 35% limpos, sem qualquer ónus. O Governo fica com 65% e paga as contas de:

Escola Privada; Sistema de Saúde; Despesas com o dentista; Medicamentos; Materiais escolares; Condomínio:  Água; Luz; Telefone; Supermercado; Gasolina ou Gasóleo; Vestuário, Calçado; Lazer, CMPF; IVA; IRS; ITU; IMI; IMS, não valendo perguntar-me a que equivalem tais iniciais ou siglas…  e também a segurança privada, que isso da pública já foi; O Governo comprometer-se-á ainda a pagar o seguro e qualquer taxa extra que, porventura, seja repentinamente criada por qualquer decisão dos poderes executivo, legislativo ou judiciário.

Um abraço, senhor Primeiro-Ministro e muitas felicidades, do fundo do coração.

Assina: Um trabalhador que já não sabe mais que fazer para conseguir sobreviver com dignidade.

PS: Abro a possibilidade de podermos até negociar a percentagem!!!

(De modo algum pretendo falar do autêntico Forróbó da Assembleia da República, com mais de 230 deputados, a maioria deles sem nada fazerem que votar o que mandam os seus líderes – trabalhar é coisa só para aqueles que tanto hostiliza – os de Esquerda! Recebem 14 salários anuais, no início e fim de cada ano legislativo, 90 dias de férias anuais e ainda uma folga remunerada até 30 dias/ano. Isto cada um deles, dos tais cerca de 230 deputados. Esse dinheiro sai dos cofres públicos, ou seja, do nosso bolso. Nem sequer falo dos que possuem quatro ou mais reformas e alguns tachos em empresas públicas ou privadas.

Mostremos a nossa indignação enviando esta mensagem para todos os conhecidos e amigos e, sobretudo, haja grande paciência que, ao que dizem, evitará a conta do Oftalmologista.

PS: Já agora, queira dizer ao seu ministro das finanças que não volte a falar aos cidadãos, pois de cada vez que o faz é para os «cravar» com mais cortes e mais impostos e explicar-nos, sem nada dizer, que gosta de jogar por antecipação à vossa tão estimada «troika» que, que nunca teria sido necessária nem foi ou é benvinda a Portugal. E também, quando estiver com o Senhor Presidente da República, faça o favor de lhe dizer que não precisa de falar tanto aos portugueses, porque estão cientes do que realmente os espera. A miséria..!

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