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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cancro afecta mais os homens


A primeira publicação do Registo Oncológico Nacional, que vai ser apresentada esta quinta-feira, revela que foram registados 39.356 casos de cancro em Portugal, dos quais 21.962 em homens. A diferença no número de casos entre homens e mulheres é de “cerca de 30%” e há vários factores que podem explicar este fenómeno, nomeadamente o maior índice de mortalidade no sexo masculino, assim como a incidência de cancros mais graves, como o do pulmão.
No dia em que é a apresentada a primeira publicação do Registo Oncológico Nacional, com dados de 2006 e que abrangem todo o País e o arquipélago dos Açores, o DN avança alguns dados na edição de hoje, como o facto de 60% das 22 mil mortes registadas serem do sexo masculino.

A directora do Registo Oncológico Nacional Sul, Ana Miranda, confirma ao DN que “os homens são mais afectados pela doença e naturalmente morrem mais”, sendo a diferença em termos de incidência de “cerca de 30%” em relação às mulheres. Senão vejamos: a nível nacional há 39.356 casos de cancro em Portugal, dos quais 21.962 em homens.

“É uma diferença grande”, admite Ana Miranda, acrescentando porém que o mesmo acontece “em outros países”. E porquê? “Nos homens, a mortalidade é maior porque também é maior a incidência de cancros fatais, como acontece com o do pulmão e do cólon. E isso também se deve a uma maior exposição a factores de risco, como o álcool ou o tabaco”, salienta.

Enquanto nas mulheres, cancros como o do cólon do útero têm diminuído “com o recurso ao rastreio e vacinação”, e o mesmo acontece com o cancro da mama, que, apesar de ser “o mais incidente e mortal”, está a “ter maior sobrevivência”.

Mas, a directora do Registo Oncológico Nacional Sul sublinha que “em pouco tempo, haverá mais mortalidade por cancro do pulmão do que da mama nas mulheres porque estão a fumar mais”, o que pode mudar os números que hoje vão ser apresentados.

N. M.

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