A primeira publicação do Registo Oncológico
Nacional, que vai ser apresentada esta quinta-feira, revela que foram
registados 39.356 casos de cancro em Portugal, dos quais 21.962 em homens. A
diferença no número de casos entre homens e mulheres é de “cerca de 30%” e há
vários factores que podem explicar este fenómeno, nomeadamente o maior índice
de mortalidade no sexo masculino, assim como a incidência de cancros mais
graves, como o do pulmão.
No dia em que é a apresentada a primeira publicação do Registo
Oncológico Nacional, com dados de 2006 e que abrangem todo o País e o
arquipélago dos Açores, o DN avança alguns dados na edição de hoje, como o
facto de 60% das 22 mil mortes registadas serem do sexo masculino.
A directora do Registo
Oncológico Nacional Sul, Ana Miranda, confirma ao DN que “os homens são mais
afectados pela doença e naturalmente morrem mais”, sendo a diferença em termos
de incidência de “cerca de 30%” em relação às mulheres. Senão vejamos: a nível
nacional há 39.356 casos de cancro em Portugal, dos quais 21.962 em homens.
“É uma diferença grande”, admite Ana Miranda, acrescentando porém
que o mesmo acontece “em outros países”. E porquê? “Nos homens, a mortalidade é
maior porque também é maior a incidência de cancros fatais, como acontece com o
do pulmão e do cólon. E isso também se deve a uma maior exposição a factores de
risco, como o álcool ou o tabaco”, salienta.
Enquanto nas mulheres, cancros
como o do cólon do útero têm diminuído “com o recurso ao rastreio e vacinação”,
e o mesmo acontece com o cancro da mama, que, apesar de ser “o mais incidente e
mortal”, está a “ter maior sobrevivência”.
Mas, a directora do Registo
Oncológico Nacional Sul sublinha que “em pouco tempo, haverá mais mortalidade
por cancro do pulmão do que da mama nas mulheres porque estão a fumar mais”, o
que pode mudar os números que hoje vão ser apresentados.
N. M.
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