Durante dois anos de
mandato, Executivo sempre disse que não pediria alargamento do prazo do
ajustamento. Agora quer que a troika o conceda a Portugal
A
oposição chamou-lhe uma «enorme pirueta», outros vêm nas palavras do Governo
uma mudança forçada de rumo. O certo é que em dois anos de mandato, o Executivo
sempre disse que não pediria nem mais tempo, nem mais dinheiro para o
ajustamento, mas Vítor Gaspar diz agora que a recessão contrariou as
expectativas para 2012 e Portugal pode ver o seu prazo novamente estendido.
Primeiro, foi Passos Coelho quem disse que o país não precisava nem de mais tempo, nem de mais dinheiro. Depois foi Vítor Gaspar que as repetiu ao longo de dois anos. Tornaram-se quase obrigatórias como mensagem oficial do Executivo.
Mas foram passando os meses e a realidade parecia contrariar as expetactivas. Tanto que até de dentro do PSD já se falava na necessidade de alargar o ajustamento.
Depois da quinta avaliação da troika, em setembro do ano passado, a meta do défice foi aliviada em um ano. Portugal mudava o rumo. O ministro Gaspar adaptava o discurso.
Ainda mais tempo estaria para chegar. Já esta semana, o Governo fazia novas contas e mais um zig-zag político.
Gaspar espera agora que a troika dê mais tempo a Portugal, mostrando-se contudo otimista, ao dizer que o sétimo exame que tem início para a semana é «o princípio do fim do programa de ajustamento».
Mas o princípio do fim não chegou. Ou melhor, o ano da inversão da economia. Foi adiado pelo aumento da recessão. E assim, lá veio o Governo dizer que é preciso apostar muito no investimento e mudar mais um pouco o rumo.
Primeiro, foi Passos Coelho quem disse que o país não precisava nem de mais tempo, nem de mais dinheiro. Depois foi Vítor Gaspar que as repetiu ao longo de dois anos. Tornaram-se quase obrigatórias como mensagem oficial do Executivo.
Mas foram passando os meses e a realidade parecia contrariar as expetactivas. Tanto que até de dentro do PSD já se falava na necessidade de alargar o ajustamento.
Depois da quinta avaliação da troika, em setembro do ano passado, a meta do défice foi aliviada em um ano. Portugal mudava o rumo. O ministro Gaspar adaptava o discurso.
Ainda mais tempo estaria para chegar. Já esta semana, o Governo fazia novas contas e mais um zig-zag político.
Gaspar espera agora que a troika dê mais tempo a Portugal, mostrando-se contudo otimista, ao dizer que o sétimo exame que tem início para a semana é «o princípio do fim do programa de ajustamento».
Mas o princípio do fim não chegou. Ou melhor, o ano da inversão da economia. Foi adiado pelo aumento da recessão. E assim, lá veio o Governo dizer que é preciso apostar muito no investimento e mudar mais um pouco o rumo.
=TVI24=
PS:
Finalmente, após ter sacrificado ao extremo os portugueses, após ter fomentado
cada vez mais desemprego, mais austeridade e o “custe o que custar”,
verifica-se ser necessário mais tempo, mais dinheiro e mais sacrifícios dos
portugueses, que já não sabem que mais irá acontecer-lhes.
E
pretendem agora, com leis aberrantes, calar toda a indignação que tomou conta
das hostes populares, temendo a revolta que começa a invadir tudo quanto é
sítio, cantando “Grândola Vila Morena”.
Porque
não age o presidente da República, dissolvendo o Parlamento e convocando
eleições antecipadas? De que têm medo? De perder o poder? Mas se são
incompetentes e até, de certo modo sádicos…
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