O
Governo está a trabalhar para que o processo de privatização da TAP seja
relançado em Maio, soube o SOL junto de fonte governamental.
Depois de falhada a
venda a Germán Efromovich, o único interessado na transportadora área na
tentativa anterior – que, a 20 de Dezembro de 2012, viu rejeitado o negócio,
por não ter dado garantias bancárias adequadas, conforme justificou o Executivo
na altura – agora, a intenção do Executivo passará por uma maior abertura e
abrangência quanto ao modelo a seguir, bem como aos potenciais candidatos a
ficar com a companhia de bandeira.
Ou seja, a
estratégia, segundo apurou o SOL, será tentar atrair outro tipo de
investidores, que não só ligados à indústria da aviação – como por exemplo,
financeiros – e que tinham ficado fora da corrida devido ao modelo de
privatização então desenhado.
Nesse sentido, o
ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, vai aproveitar a viagem de dois
dias que fará a Londres, no final de Fevereiro, para promover a reprivatização
da TAP e angariar interessados na principal praça financeira da Europa. Ao
mesmo tempo, o Executivo já pediu aos seus assessores financeiros (BESI,
Barclays Capital, Credit Suisse e Citi Bank) que iniciassem contactos nesse
sentido.
No entanto, de
acordo com as informações recolhidas, apesar de haver várias hipóteses em
estudo, nada está ainda fechado quanto ao modelo a seguir nesta nova tentativa
de privatizar a companhia. A inclusão ou não da TAP Manutenção e Engenharia
Brasil, empresa com prejuízos de 300 milhões, no ‘pacote’ a alienar é, por
exemplo, uma das incógnitas.
Outra hipótese em
estudo, segundo o Jornal de Negócios, seria vender 51% do empresa a um
investidor que assumisse o controlo e dispersar o restante em bolsa ou tentar
que grupos nacionais com interesses ligados à aviação – do turismo, por exemplo
– ficassem com parcelas do capital.
Entretanto, certo é
que o Governo e a administração da TAP, ainda liderada por Fernando Pinto,
estão a trabalhar na reestruturação da companhia de forma a garantir a sua
sustentabilidade financeira.
Nova reunião entre Governo e trabalhadores no dia 21
Na quinta-feira,
este processo volta à mesa da discussão. No dia 21 de Fevereiro, a plataforma
de oito sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP vai reunir-se
novamente com o Ministério da Economia – e desta vez também com o Ministério
das Finanças, onde decorrerá a reunião – depois de um primeiro encontro
infrutífero no início do mês. Além do futuro da empresa, serão abordados os
cortes salariais a que os trabalhadores deverão ser sujeitos já em Fevereiro,
cumprindo o previsto no Orçamento do Estado (OE) para 2013 – depois de em
Janeiro terem recebido o salário ainda sem cortes.
A 4 de Fevereiro,
as duas horas de reunião foram «inconclusivas», afirmaram à saída os
sindicatos, indicando que tinham sido «reafirmados os cortes e a privatização».
Em 2011 e 2012, os trabalhadores da TAP estiveram ao abrigo de um regime de
excepção que evitou reduções nos ordenados, mas o OE 2013 extingue essa
possibilidade.
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