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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Privatização da TAP avança em Maio



O Governo está a trabalhar para que o processo de privatização da TAP seja relançado em Maio, soube o SOL junto de fonte governamental.

Depois de falhada a venda a Germán Efromovich, o único interessado na transportadora área na tentativa anterior – que, a 20 de Dezembro de 2012, viu rejeitado o negócio, por não ter dado garantias bancárias adequadas, conforme justificou o Executivo na altura – agora, a intenção do Executivo passará por uma maior abertura e abrangência quanto ao modelo a seguir, bem como aos potenciais candidatos a ficar com a companhia de bandeira.

Ou seja, a estratégia, segundo apurou o SOL, será tentar atrair outro tipo de investidores, que não só ligados à indústria da aviação – como por exemplo, financeiros – e que tinham ficado fora da corrida devido ao modelo de privatização então desenhado.

Nesse sentido, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, vai aproveitar a viagem de dois dias que fará a Londres, no final de Fevereiro, para promover a reprivatização da TAP e angariar interessados na principal praça financeira da Europa. Ao mesmo tempo, o Executivo já pediu aos seus assessores financeiros (BESI, Barclays Capital, Credit Suisse e Citi Bank) que iniciassem contactos nesse sentido.

No entanto, de acordo com as informações recolhidas, apesar de haver várias hipóteses em estudo, nada está ainda fechado quanto ao modelo a seguir nesta nova tentativa de privatizar a companhia. A inclusão ou não da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, empresa com prejuízos de 300 milhões, no ‘pacote’ a alienar é, por exemplo, uma das incógnitas.

Outra hipótese em estudo, segundo o Jornal de Negócios, seria vender 51% do empresa a um investidor que assumisse o controlo e dispersar o restante em bolsa ou tentar que grupos nacionais com interesses ligados à aviação – do turismo, por exemplo – ficassem com parcelas do capital.

Entretanto, certo é que o Governo e a administração da TAP, ainda liderada por Fernando Pinto, estão a trabalhar na reestruturação da companhia de forma a garantir a sua sustentabilidade financeira.

Nova reunião entre Governo e trabalhadores no dia 21

Na quinta-feira, este processo volta à mesa da discussão. No dia 21 de Fevereiro, a plataforma de oito sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP vai reunir-se novamente com o Ministério da Economia – e desta vez também com o Ministério das Finanças, onde decorrerá a reunião – depois de um primeiro encontro infrutífero no início do mês. Além do futuro da empresa, serão abordados os cortes salariais a que os trabalhadores deverão ser sujeitos já em Fevereiro, cumprindo o previsto no Orçamento do Estado (OE) para 2013 – depois de em Janeiro terem recebido o salário ainda sem cortes.

A 4 de Fevereiro, as duas horas de reunião foram «inconclusivas», afirmaram à saída os sindicatos, indicando que tinham sido «reafirmados os cortes e a privatização». Em 2011 e 2012, os trabalhadores da TAP estiveram ao abrigo de um regime de excepção que evitou reduções nos ordenados, mas o OE 2013 extingue essa possibilidade.

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