O
eurodeputado do CDS, Nuno Melo, admite, a propósito da polémica nomeação do
secretário de Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves, que “não escolheria
para o Governo ninguém que tivesse integrado as administrações do BPN/SLN (…),
mais ainda quando há responsabilidades a ser apuradas”. Ao mesmo tempo, o
político acautela, numa entrevista publicada na edição esta segunda-feira no
Diário Económico, que o “limite” da austeridade em Portugal “está a ser levado
ao extremo”.
Na primeira entrevista televisiva protagonizada
pelo novo secretário da Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves, o
responsável lançou uma espécie de repto, quando confrontado com um hipotético
mal-estar do CDS, partido da maioria parlamentar, face à sua nomeação.
Franquelim Alves apelou então para que quem estivesse incomodado 'desse a cara'.
Ora, pode não ser uma resposta directa a esse apelo, mas certo é
que o eurodeputado centrista, Nuno Melo, assume, em entrevista ao Diário
Económico, que “não escolheria para o Governo ninguém que tivesse integrado as
administrações do BPN/SLN (…), ainda mais quando há responsabilidades ainda a
ser apuradas”.
Embora o político ressalve que
este “é um ponto de vista estritamente pessoal”, acrescenta esperar que, no que
diz respeito ao escrutínio judicial do caso BPN, “a culpa não morra solteira”.
Já no que concerne à saúde da
coligação governamental, Nuno Melo garante que a mesma “está genericamente bem,
em momentos muito difíceis”. Até porque, frisa, “de muitas vezes conseguem
encontrar-se divergências num único partido, também é natural que haja
desentendimentos numa coligação”.
O eurodeputado considera ainda
que a reforma do Estado é fundamental, não obstante, deixa o alerta:
“O Estado
tem de ser mais claro e voluntarioso na forma como reduz essa despesa”, num
contexto em que o “limite” da austeridade em Portugal “está a ser levado ao
extremo”.
N. M.
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