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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Governo foi um "desastre" a defender Franquelim Alves


Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu ontem que a manutenção de Franquelim Alves na secretaria de Estado do Empreendorismo pode "degastar" o Governo.

O comentador lembrou que o Executivo não controla o desenrolar do processo BPN e que ter no seu seio um elemento que já passou por uma administração do banco pode fragilizar o Governo e deixá-lo em situações futuras incómodas.

No seu comentário semanal na TVI, o ex-líder do PSD disse ainda que a defesa que o Executivo fez do novo secretário de Estado foi um "desastre" em dois planos: pelo facto de o ministro da Economia ter colocado Franquelim Alves como "o herói" do BPN e também por Miguel Relvas ter vindo defender o novo governante, ele que está também há muito envolvido em polémica. "Miguel Relvas a avalizar é Miguel Relvas a enterrar", disse o comentador político, referindo-se implicitamente às suspeitas sobre a credibilidade do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares.

Sobre a reforma do Estado, que esteve em debate sábado no Conselho de Ministros, Marcelo garantiu que o corte de quatro mil milhões de euros será feito em dois anos, uma parte este e a restante em 2014. A dúvida surgiu sábado quando o Expresso noticiou que ministros defenderiam que o prazo fosse mais dilatado. Fonte governamental disse ao Económico que quem fez a defesa desta tese foi o ministro Paulo Portas, mas Gaspar não cedeu no prazo de dois anos para a aplicação do que o Executivo agora diz ser "poupança".

A maior fatia dos cortes, disse ainda Marcelo, incidirá nas funções sociais do Estado. 80% recairão sobre a Função Pública, com o alargamento do quadro de mobilidade especial na Caixa Geral de Aposentações, nos subsídios da Segurança Social, que atingirão também os privados, na saúde, por via das taxas moderadoras, e na Educação. Os restantes 20%, serão retirados dos polícias, Justiça ou Forças Armadas.

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou ainda aquele espaço semanal para lançar uma farpa a Durão Barroso, apontado como possível candidato a Belém pelo PSD. O ex-líder 'laranja', também desde sempre visto como putativo candidato a Presidente, falou do falhanço de Durão no último Conselho Europeu e fez questão de colar o presidente da Comissão Europeia a Passos Coelho. Afirmando que, embora diga ser equidistante, Passos já terá escolhido na sua cabeça Durão Barroso como candidato a Belém. Se assim for, Marcelo admitiu que outros putativos candidatos terão que concorrer pelo seu pé. Sendo que o próprio ex-líder social-democrata é um candidato possível.

Económico

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