E para os portugueses, sobretudo os de menores recursos,
os desempregados e os jovens sem “cartão de sócio” dos partidos que estão no
governo.
Mas, se tudo é tão difícil, porque se esforçam os (des) governantes para tornar tudo ainda mais difícil, com todos os cortes – que impedem o consumo, que impedem o emprego, que impedem que sejamos cidadãos em toda a plenitude?
Devemos reconhecer, por exemplo, que quer a saúde quer a
educação se tornam impossíveis se continuarem tais políticas autoritárias, que dão
origem a mais taxas moderadoras e também propinas; um e outro sector social
estão minados pela ganância de alguns grupos económicos que apenas pensam na
sua privatização total, e, ao que tudo indica, estão já a caminho medidas para
que os seus sonhos – megalómanos – se realizem.
À nossa volta, de resto, tudo conspira para tentar
persuadir-nos de que era necessário aforuxar a disciplina, que nos deve parecer
menos adequada.
Senhores governantes: da severidade passaram à falsa
tolerância, depois à displicência, a seguir à fraqueza e logo, de novo a
severidade, a austeridade que, ao que tudo indica, vai aumentar ainda mais,
para conseguir aqueles tais 4,5 biliões, ou mil milhões como gostam de dizer
agora.
Os vossos princípios enfraqueceram e, pouco a pouco, constataram – oxalá fossem os únicos! – que toda a vossa autoridade e austeridade, abalada, diminuída, não bastava mais para assegurar, junto dos cidadãos, nem a obediência, nem o respito. O mal começou a sua devastação.
Graças a Deus, ainda há muitos cidadãos que conhecem o
exacto valor e o exacto significado desta luta quotidiana contra a fraqueza.
Têm princípios definidos, que herdaram, aliás, e que por
sua vez esperam legar.
Esses cidadãos – heróicos, diga-se de passagem – nós,
reconhecemo-los imediatamente mais às
vossas “milongadas”, como a toda a vossa austeridade e tentativa de autoridade
sem significado válido.
E o povo, mesmo atravessando a maior crise de que há
memória desde há muitos anos, pois pretendem ir sempre mais para além de..,
seja da troika seja mesmo de Salazar, tendo de vencer o difícil obst´culo que
são os senhores (des) governantes deste miserando país, sabem ser possível
libertarem-se, embora com uma certa dificuldade, devido á contextura nacional e
à acalmia, verdadeira heresia do apático presidente da República que temos e
que adora remeter-se a longos tabus que nada de bom pressagiam.
Possivelmente as coisas continuarão difíceis. Aliás têm bons ajudantes de campo, como António Borges e Fernando Ulrich e mais alguns que se arvoram em comentadores televisivos quando deveriam, antes de mais, olhar á sua volta e ver toda essa miséria que se instalou no nosso país desde que tomaram o poder.
Para resolver todas estas e demais dificuldades, para
além de podermos apelar a todo um complexo intelectual, moral, sentimental e
religiosos, com a certeza de nos fazermos ouvir, temos a arma do voto, que
jamais, ou nunca mais será posta ao vosso serviço.
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