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sábado, 9 de fevereiro de 2013

«É TUDO MUITO DIFÍCIL EM PORTUGAL»
















E para os portugueses, sobretudo os de menores recursos, os desempregados e os jovens sem “cartão de sócio” dos partidos que estão no governo.

Mas, se tudo é tão difícil, porque se esforçam os (des) governantes para tornar tudo ainda mais difícil, com todos os cortes – que impedem o consumo, que impedem o emprego, que impedem que sejamos cidadãos em toda a plenitude?

Devemos reconhecer, por exemplo, que quer a saúde quer a educação se tornam impossíveis se continuarem tais políticas autoritárias, que dão origem a mais taxas moderadoras e também propinas; um e outro sector social estão minados pela ganância de alguns grupos económicos que apenas pensam na sua privatização total, e, ao que tudo indica, estão já a caminho medidas para que os seus sonhos – megalómanos – se realizem.

À nossa volta, de resto, tudo conspira para tentar persuadir-nos de que era necessário aforuxar a disciplina, que nos deve parecer menos adequada.

Senhores governantes: da severidade passaram à falsa tolerância, depois à displicência, a seguir à fraqueza e logo, de novo a severidade, a austeridade que, ao que tudo indica, vai aumentar ainda mais, para conseguir aqueles tais 4,5 biliões, ou mil milhões como gostam de dizer agora.

Os vossos princípios enfraqueceram e, pouco a pouco, constataram – oxalá fossem os únicos! – que toda a vossa autoridade e austeridade, abalada, diminuída, não bastava mais para assegurar, junto dos cidadãos, nem a obediência, nem o respito. O mal começou a sua devastação.

Graças a Deus, ainda há muitos cidadãos que conhecem o exacto valor e o exacto significado desta luta quotidiana contra a fraqueza.

Têm princípios definidos, que herdaram, aliás, e que por sua vez esperam legar.

Esses cidadãos – heróicos, diga-se de passagem – nós, reconhecemo-los imediatamente  mais às vossas “milongadas”, como a toda a vossa austeridade e tentativa de autoridade sem significado válido.

E o povo, mesmo atravessando a maior crise de que há memória desde há muitos anos, pois pretendem ir sempre mais para além de.., seja da troika seja mesmo de Salazar, tendo de vencer o difícil obst´culo que são os senhores (des) governantes deste miserando país, sabem ser possível libertarem-se, embora com uma certa dificuldade, devido á contextura nacional e à acalmia, verdadeira heresia do apático presidente da República que temos e que adora remeter-se a longos tabus que nada de bom pressagiam.

Possivelmente as coisas continuarão difíceis. Aliás têm bons ajudantes de campo, como António Borges e Fernando Ulrich e mais alguns que se arvoram em comentadores televisivos quando deveriam, antes de mais, olhar á sua volta e ver toda essa miséria que se instalou no nosso país desde que tomaram o poder.

Para resolver todas estas e demais dificuldades, para além de podermos apelar a todo um complexo intelectual, moral, sentimental e religiosos, com a certeza de nos fazermos ouvir, temos a arma do voto, que jamais, ou nunca mais será posta ao vosso serviço.

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