As origens da pólvora não são conhecidas. Os chineses usavam nitrato de
potássio no fogo de artifício e a sua primeira fórmula para a pólvora – uma mistura
de nitrato de potássio, carvão e enxofre – para fazer bombas, aparece em 1044.
Depressa passaram a usar pólvora para disparar projécteis em tubos de
bambu, bronze ou ferro. Este “pó preto” constituiu a munição para armas durante
os 800 anos seguintes.
Em meados do século XIII os mouros usavam pólvora em projécteis lançados
por catapultas. Foi através dos muçulmanos que o Ocidente ficou a saber da
existência de explosivos.
A primeira fórmula de pólvora sobrevivente é mencionada em 1267 pelo
franciscano Roger Bacon.
Os canhões primitivos são mencionados na Batalha de Crécy, em 1346,
Bombardas enormes foram usadas durante cercos: o Mon Meg, construído em 1449 e
ainda existente no Castelo de Edimburgo, podia lançar uma bala de pedra com 250
Kg de peso. Estas armas primitivas representavam um grande perigo, tanto para o
inimigo como para o utilizador.
Os cilindros de bombarda eram construídos a partir de tiras de ferro
forjado ligadas por braçadeiras As armas mais leves eram muitas vezes de bronze
ou latão fundido e instaladas em carretas de rodas. As armas portáteis não eram
mais que pequenos tubos calibrados, com coronhas. A munição era acesa com um
arame quente ou com um pavio lento – um cordel de cânhamo ou linhaça impregnado
de nitrato de potássio e aplicado a um ouvido.
Depois veio a espingarda de mecha, na qual uma mecha lenta ligada a um
braço descia até uma panela cheia de pólvora quando o gatilho era puxado.
No século XVIII o mosquete de pederneira tornou-se no armamento principal
dos militares. Tinha uma pederneira para bater no aço para produzir a faísca.
Em meados do século XIX foi substituído por uma cápsula de percussão de
explosivo, que era batida por um cão para disparar a carga principal e estava
incluído com a bala num cartucho de papel.
Rapidamente as munições fixas, uma cápsula de cartucho no outro extremo,
tornaram-se padrão.
A artilharia foi-se tornando cada vez mais importante em meados do século
XVIII. Os canhões disparavam projécteis sólidos ou metralha (conjuntos de balas
mais pequenas).
Os projécteis foram concebidos para explodir no ar ou ao embater no solo.
Os barcos foram adaptados para se tornarem plataformas flutuantes de
armas. Na década de 1880, propulsores “sem fumo”, baseados em nitrocelulose,
começaram a substituir o pó preto e projécteis “altamente explosivos”, como os
que foram usados na Primeira Guerra Mundial, foram desenvolvidos.
As metralhadoras substituíram a cavalaria, inútil no campo de batalha.
Na Segunda Guerra Mundial, os explosivos foram usados contra civis, que
sofreram bombardeamentos aéreos. Uma evolução mais recente são os explosivos
plásticos, como o semtex.
Em 1867, o químico sueco Alfred Nobel inventou a dinamite, um explosivo
poderoso largamente utilizado para fins militares.
A pólvora ainda é utilizada para detonadores, fogo de artifício e
explosões de pedreiras.
Actualmente, o mais terrível poder pode ser usado pela divisão e fusão do
átomo, mas os explosivos convencionais ainda representam uma parte essencial do
arsenal moderno.
Infelizmente para o mundo, continuam
a fabricar-se armas cada vez mais sofisticadas, que impedem haja a paz
que todos desejamos.
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