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sábado, 9 de fevereiro de 2013

«DO FOGO DE ARTIFÍCIO À BOMBA ATÓMICA»


As origens da pólvora não são conhecidas. Os chineses usavam nitrato de potássio no fogo de artifício e a sua primeira fórmula para a pólvora – uma mistura de nitrato de potássio, carvão e enxofre – para fazer bombas, aparece em 1044.

Depressa passaram a usar pólvora para disparar projécteis em tubos de bambu, bronze ou ferro. Este “pó preto” constituiu a munição para armas durante os 800 anos seguintes.

Em meados do século XIII os mouros usavam pólvora em projécteis lançados por catapultas. Foi através dos muçulmanos que o Ocidente ficou a saber da existência de explosivos.

A primeira fórmula de pólvora sobrevivente é mencionada em 1267 pelo franciscano Roger Bacon.

Os canhões primitivos são mencionados na Batalha de Crécy, em 1346, Bombardas enormes foram usadas durante cercos: o Mon Meg, construído em 1449 e ainda existente no Castelo de Edimburgo, podia lançar uma bala de pedra com 250 Kg de peso. Estas armas primitivas representavam um grande perigo, tanto para o inimigo como para o utilizador.

Os cilindros de bombarda eram construídos a partir de tiras de ferro forjado ligadas por braçadeiras As armas mais leves eram muitas vezes de bronze ou latão fundido e instaladas em carretas de rodas. As armas portáteis não eram mais que pequenos tubos calibrados, com coronhas. A munição era acesa com um arame quente ou com um pavio lento – um cordel de cânhamo ou linhaça impregnado de nitrato de potássio e aplicado a um ouvido.

Depois veio a espingarda de mecha, na qual uma mecha lenta ligada a um braço descia até uma panela cheia de pólvora quando o gatilho era puxado.

No século XVIII o mosquete de pederneira tornou-se no armamento principal dos militares. Tinha uma pederneira para bater no aço para produzir a faísca. Em meados do século XIX foi substituído por uma cápsula de percussão de explosivo, que era batida por um cão para disparar a carga principal e estava incluído com a bala num cartucho de papel.

Rapidamente as munições fixas, uma cápsula de cartucho no outro extremo, tornaram-se padrão.

A artilharia foi-se tornando cada vez mais importante em meados do século XVIII. Os canhões disparavam projécteis sólidos ou metralha (conjuntos de balas mais pequenas).

Os projécteis foram concebidos para explodir no ar ou ao embater no solo.

Os barcos foram adaptados para se tornarem plataformas flutuantes de armas. Na década de 1880, propulsores “sem fumo”, baseados em nitrocelulose, começaram a substituir o pó preto e projécteis “altamente explosivos”, como os que foram usados na Primeira Guerra Mundial, foram desenvolvidos.

As metralhadoras substituíram a cavalaria, inútil no campo de batalha.

Na Segunda Guerra Mundial, os explosivos foram usados contra civis, que sofreram bombardeamentos aéreos. Uma evolução mais recente são os explosivos plásticos, como o semtex.

Em 1867, o químico sueco Alfred Nobel inventou a dinamite, um explosivo poderoso largamente utilizado para fins militares.

A pólvora ainda é utilizada para detonadores, fogo de artifício e explosões de pedreiras.

Actualmente, o mais terrível poder pode ser usado pela divisão e fusão do átomo, mas os explosivos convencionais ainda representam uma parte essencial do arsenal moderno.

Infelizmente para o mundo, continuam  a fabricar-se armas cada vez mais sofisticadas, que impedem haja a paz que todos desejamos.

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