Sendo militante de
esquerda, de uma esquerda que, apesar do que afirmam os detractores sabe
respeitar as ideias de todos, gerida por homens e mulhres que trabalham todos
para o mesmo fim, em franca unidade, custa ver o que se passa no e com o
Partido Socialista, que pretende regressar a um passado que nada o dignifica,
só porque sente sede de poder.
A calma, mas também a
dignidade, começam a querer fugir daqueles que anseiam um lugar ao sol na
política nacional.
Que seja difícil, e
portanto grave, não deve, porém, fazer desesperar, e ainda menos atemorizar os
seus militantes de base, que votaram em quem quiseram, devendo esse voto ser
respeitado.
O medo de agir, de dar a
cara, de falr por si mesmos, após aquela reunião em Paris com Sócrates, conseguiu dividir um partido que se
perfila como alternativa de poder, mas que, neste momento, sofreu um verdadeiro
golpe de estado interno que, certamente fará mais que piorar uma situação, da
qual um pouco de reflexão e de firmeza poderiam livrar-nos a todos, já que o
alvo a visar deveria ser apenas o actual governo.
Mas, se inicialmente,
compreender, depois querer com determinação, na unidade do partido, e, graças a
esses dois remédios, expulsar toda a
ambição pessoal e de determinado grupo, sem no entanto dar cada vez mais
trunfos ao “rival”, em vez de os distribuir entre si.
O que ocorre comumente?
Alguns declaram, que o actual líder do PS, com o qual nada tenho a ver, fez
isto ou aquilo, não fez aqueloutro ou.., não olhando para o grande espelho que
têm diante de si.
Quando se pergunta a razão
de tais divergências, quando se apela à acção de um vice e ele logo se
transforma num “deus” e pretende impôr condições, pretendendo arvorar-se no “salvador
do partido”, afundando-o cada vez mais,
ao mesmo tempo que tenta salvar o pau e a bola, ou seja, o lugar na Câmara de
Lisboa e ao mesmo tempo a liderança do partido, está ainda a digerir o que
comeu em Paris, na Associação latino-Americana, na companhia de Sócratese mais
26 convivas.
Deverão recordar-se que as
“guerras intestinas” só favorecem os rivais, que tanto mal estão a fazer ao
povo e ao país, causando cada vez mais desemprego, fome e miséria na cidadania
nacional.
E quando todos os
indicativos aconselham uma aliança de vontades entre as hostes do quadrante
esquerdo da política nacional, é quando procuram a divisão interna primeiro,
depois, quem sabe?, o caos, com um comportamento bizarro, talvez motivado pela
impaciência, mas também pelo facto de quererem um regresso a um passado recente
um tanto desastroso.
Já desde aqui aconselhei
Seguro a dar um murro na mesa, sabendo fazer a separação das águas, mas sabendo
também, se possível, pacificar as hostes e suas ambições desmesuradas.
Será que Seguro conseguirá
fazer-se respeitar?
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