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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

«A QUESTÃO DO EMPREGO»


Pode o emprego afectar-nos a personalidade?

Muitas pessoas ligam a auto-estima ao seu desempenho profissional. Além disso, muitos dividem as pessoas em categorias, consoante o trabalho que fazem.

Considerando que a actividade profissional ocupa cerca de metade das horas de vigília do adulto que trabalha. Não admira que os psicólogos vejam o trabalho como tendo uma influência significativa sobre o comportamento de cada um.

Um estudo feito ao longo de dez anos, revelou que as pessoas que no seu trabalho são obrigadas a pensar ou a executar tarefas complexas, têm tendência para adquirir uma flexibilidade intelectual que transportam para as outras actividades da sua vida.

Com efeito, parecem ter, em geral, um espírito mais independente e aberto a novas experiências do que aqueles que executam que executam trabalhos rotineiros. Procuram também escolher actividades de lazer intelectualmente atraentes, como aprender línguas ou investigar a história da região em que vivem.

A satisfação profissional conduz a um melhor desempenho

O senso comum diz-nos que um trabalhador feliz é mais produtivo que o trabalhador insatisfeito. Contudo, muitos especialistas consideram que a relação entre a satisfação e o bom desempenho é exactamente em sentido contrário ao que a maioria das pessoas julga.

Não é propriamente o contentamento que contribui para maiores realizações profissio9nais, mas o sentimento de realização quando se faz um bom trabalho que leva o trabalhador a sentir-se completamente feliz.

No entanto, as causas e os efeitos não são muito nítidos: estar-se satisfeito e trabalhar-se bem é o ideal de qualquer profissional, e cada um destes estados pode aumentar o outro.

A maioria dos estudos confirma que os trabalhadores insatisfeitos têm maior absentismo e maior tendência para mudar de emprego do que os satisfeitos.

Por outro lado, é evidente que muitos empregados descontentes se mantêm no lugar e continuam a fazer um trabalho apenas sofrível, porque receiam prejuízos materiais e dificuldades na obtenção de um  novo emprego.

Para a maioria das pessoas, um bom ordenado é o principal incentico para trabalhar. Mas, pode haver outros factores igualmente determinantes. Entre eles, o desejo de nos sentirmos produtivos, de vencermos desafios, de sermos criativos e de nos empenharmos em actividades de que gostamos.

Uma profissão pode também promover sentimentos de competência e auto-estima, especialmente numa sociedade que espera das pessoas uma actividade regular e remunerada e em que os indivíduos podem melhorar o seu estatuto social através do trabalho que executam.

Muitas pessoas indicam ainda o convívio com os colegas como uma boa razão para traabalharem.

Quais destes factores são mais importantes, dependerá do indivíduo, da sua formação,expectativas e ambição.

Mas depende sobretudo dos políticos e das suas práticas enquanto tal, e do empenho investido na criaaação de postos de trabalho dentro dos parâmetros normais da dignidade humana.

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