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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A miséria generalizada



Recapitaliza-se a banca – os accionistas embolsam cada vez mais – corta-se nos salários dos trabalhadores e reformados, nos subsídios de férias e de Natal, tudo em nome dum combate à crise que os capitalistas criaram e hoje ficam de fora sendo até recompensados.

Francamente, não se podia esperar mais dum governo que tenta imitar – na perfeição – o que se passava e vivia há mais de 38 anos em Portugal.

Aumenta o desemprego, a precariedade espalha-se por toda a parte, a fome é um facto miserável, falta-se às promessas feitas em campanha e uma  boa parte dos portugueses vive abaixo do limiar da pobreza.

Tudo tem sido concertado; desde as leis laborais – que se dizem mais flexíbilizadas – que permitem haja cada vez mais despedimentos gratuitos. O povo, esse, não conta. Apenas os capitalistas, que o são á custa do trabalho dos pobres, e o governo avança rumo a uma recessão bem superior à acontecida na Grécia – a bancarrota.

Sem se saber a razão, o presidente da república convoca o Conselho de Estado, que não vai dar nada, e o povo que se amanhe, que vegete ou que vá roubar para comer ou dar de comer aos seus, porque a festa continua, havendo quem afirme “haver mais vida para além da austeridade”, com grande cinismo, pois sabe-se que sim, mas só para alguns.
Poderão ficar ofendidos por dizer que a política que estão a pôr em prática nada fica a dever ao velho ditador? Certamente que não, pois trata-se da mais pura e crua realidade.

As Centrais Sindicais uniram-se e levarão a cabo iniciativas conjuntas, o que pode parecer bem, sendo-o, mas não creio que possam alterar seja o que for, apesar de ter sido Sá Carneiro que afirmou que: “Os subsídios de férias e de Natal são inalienáveis e impenhoráveis”, com promulgação do então presidente, General Ramalho Eanes.

Tudo o que está a ser feito contra os portugueses, poupando os capitalistas e banqueiros, mais parece uma das sete pragas do Egipto que uma atitude dum governo português, pomposamente denominado «democrático».

A democracia não pode nem deve resumir-se ao direito ao voto. Deve ser participada no dia-a-dia, deve emanar do povo, pelo povo e para o povo, com o povo, o que não acontece em Portugal há muitos anos, e que saudades, Deus meu!

Será que ainda temos militares? Será que não poderão dar um ar da sua graça, fazendo como em 25 de Abril de 1974? Será que não haverá razões para se movimentarem de forma a que o povo deixe de ser o eterno sacrificado, tratado com o maior desdém e desprezo?

Li há tempos que pretendem tornar o fado património mundial? Porquê?

PS: Para quando uma tomada de posição do Tribunal Constitucional às solicitações de inconstitucionalidades no OE/2013?

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