Líder
do PS diz que não chega mudar de Governo.
Jorge
Sampaio, Ferro Rodrigues e Manuel Alegre na comemoração do 40.ª aniversário do
PS
O líder do PS, António José Seguro, aproveitou nesta sexta-feira
a festa do 40º aniversário do seu partido, em Coimbra, para falar para fora do
partido, propondo “a construção de uma nova aliança, de uma nova coligação, que
junte os democrata-cristãos, os humanistas, os sociais-democratas e todos os
progressistas”, para, “todos juntos”, devolver a “esperança e o orgulho a
Portugal”.
Arrancando
aplausos aos cerca de mil militantes que jantaram no Pavilhão dos Olivais, em
Coimbra, Seguro fez aquele apelo à união depois de defender a luta contra “a
destruição do Estado Social" e a recuperação “dos valores da liberdade, da
fraternidade e da solidariedade”. “Não deixaremos nenhum português para trás”,
repetiu, como um slogan, ao longo de um discurso em que acusou o Governo de
estar a fazer “experimentalismo social”.
Antes já se demarcara da actual
situação do país e sugerira que, se o PS tivesse sido ouvido há ano e meio, “os
portugueses teriam sido poupados a muito sofrimento”. “Não tinha de ser assim”,
insistiu, referindo-se “à espiral recessiva”, “ao desemprego”, “às injustiças”,
à “desigualdade”, e depois, longamente e pormenorizadamente, “aos portugueses
que não têm dinheiro para pagar a comida, a renda da casa, o gás, a luz, os
transportes”.
O líder socialista lamentou ainda
que nesta altura Portugal já não dependa apenas de si próprio, e admitiu que
“já não basta mudar de Gverno” , para defender a necessidade de lutar por
“mudanças na União Europeia”.
Um dos momentos de maior emoção no
jantar foi provocado por Mário Soares, que esteve presente através de uma
mensagem gravada em vídeo e projectada em dois ecrãs gigantes. O
"militante nº1 do PS" disse-se "muito preocupado com
Portugal" e apelou a todos os socialistas para que "se batam contra a troika e contra os mercados e a favor
das pessoas". "Este gente só pensa em dinheiro, não pensa nas pessoas
- com ela não vamos a lado nenhum", insistiu.
=Público=
PS: Tudo depende do que o senhor Seguro
entende por «Progressistas»…
Será que também é dos que advoga que o
«Socialismo morreu?», como afirmou um dia António Guterres?
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