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segunda-feira, 22 de abril de 2013

«AS IMAGENS OFERECIDAS»

Se apenas se tratasse de imagens claras, límpidas, despidas de qualquer sugestão sentimental, o mal não seria muito grande.

Mas, toda a imagem que concretiza um sentimento profundo, essencial, nascido do instinto, que nele mergulha e está como que aureolada por ele, é, pelo menos, duplamente mais perigosa.

É desse poder de sugestão que tantos políticos abusam.

A grande arte da vedeta, é desencadear essas tempestades sentimentais, que, em serem puras ilusões, não são, mentalmente, menos perigosas.

O político que lê tal livro, que assiste a tal filme, vive-os, literalmente, não se tenha dúvidas. Por exemplo,  se Pedro visse um filme sobre o Rambo, adoptaria toda uma outra atitude, com uma tal intensidade, com uma insuspeitada violência!

Cá entre nós, ele é bastante nervoso, bastando, para o constatar, observar os debates na Assembleia da República, quando se dirige a certa oposição, cerrando os lábios, fazendo cara de caso, que para qualquer criancinha seria um esgar do lobo mau, pronto a lançar-se sobre o pobre cordeiro que bebe mais abaixo, e é por ele acusado de consporcar a água que bebe no arroio.

Pode dizer-se que o Pedro vive num mundo irreal e que a vida realizável pouco vale a seus olhos.

A imaginária, para ele, tornou-se realidade.

É esse universo inconsciente, mas cuja inconsistência não percebe, se sobrepõe ao universo imediato, pois vive num fictício, que lhe é sugerido, imposto, conhecendo apenas uma parte do universo real.

Devemos abandoná-lo a essa magia; não procuremos defendê-lo dela, e o que acreditemos que lhe possa suceder, senão que a sua vida será mais sonhada que pensada, mais sugerida que voluntária?

Depois, será bem esse o meio de o retirar da crise, que é a crise da sua idade e personalidade, que afirmam ser irascível, e de o conduzir,, insensível, mas firmemente, ao domínio de si, que é a forma ela mesmo da maturidade.

Magia da imagem e do sentimento associados, aí está o segredo desse devio que se observa nos políticos precoces, que tentam adoptar sistemas de conduta que se limitam a lesar os seus concidadãos, que demonstra odiar profundamente.

Não é, pois, de admirar que cometa verdadeiros crimes sociais, frequentes entre aqueles que se imaginam competentes e capazes, acabando por demonstrar que são todo o contrário.

O que mais admiro, o que mais me atrai, é a aproximação dos bajuladores, ou sabujos, que só se aproximam e lançam os seus piropos pomposos quando vêm em causa a possibilidade de manutenção de um tacho autárquico, como é o caso do ainda autarca de Gaia que a todo o custo, mesmo contra as decisões dos tribunais, pretende manter a sua candidatura à Câmara do Porto.


E, muito mais se irá ver, pois a procissão ainda nem está organizada, pelo que se limita a estar em projecto nessas mentes perversas que sabem viver apenas à custa dos cidadãos a quem, normalmente, hostilizam, uma vez eleitos.

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