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sábado, 27 de abril de 2013

Seguro critica a «resignação» de Cavaco

Líder socialista reagiu ao discurso do Presidente e lamentou que o Governo, «em desespero», procure agora consensos com o PS

O secretário-geral do PS lamentou o «erro maior» do discurso de Cavaco Silva nas comemorações do 25 de Abril, perante a negação de que há uma alternativa à austeridade, e acusou o Presidente da República, que ouviu assobios da plateia de socialistas, de «traçar um quadro de resignação»

«Erram aqueles que negam ao nosso país o direito a podermos acreditar que há um caminho diferente (...) Foi esse o erro maior transmitido pelo Presidente: negar a esperança e a evidência de que há um caminho alternativo», afirmou, na abertura do XIX congresso socialista, em Santa Maria da Feira.

Segundo António José Seguro, ainda falando para Cavaco, «o pior serviço que podemos prestar à democracia é o da descrença na capacidade do povo para criar soluções».

Sobre o consenso pedido pelo Governo e pelo Presidente, o líder socialista avisou: «Primeiro ignoraram, depois desvalorizaram, a seguir combateram-nos. E agora, em desespero, suplicam pelo nosso apoio e correm atrás das nossas propostas. Para quem dizia que não tínhamos propostas, esta é uma reviravolta colossal».

Seguro sublinhou que o Governo de Passos Coelho «desbaratou o consenso social e político» com o seu «deplorável fundamentalismo ideológico» e acrescentou que «o povo, mais cedo ou mais tarde, vai escolher um novo Governo», voltando a frisar que só aceita governar através de eleições.

«Não nos peçam para fazer consensos com um Governo que aplica uma política de austeridade à qual nos opomos e com um Governo que está esgotado. E, também por isto, não nos peçam para irmos para o Governo. O PS só voltará ao Governo por vontade dos portugueses», disse.

Para Seguro, o PS tem de «servir o país» fazendo oposição: «Nós somos a alternativa política que se prepara, a partir da oposição, para governar».

O secretário-geral só admite consenso com o Governo em relação aos compromissos externos, uma atitude que afirma ser «essencial para garantir a credibilidade externa» do país, o regresso aos mercados e a garantia de mais tempo para pagar a dívida.

Num «congresso voltado para o país», Seguro assegurou que o partido está «mais forte e unido» do que há dois anos. O líder do PS elogiou o «valioso contributo» de António Costa «para o reforço da unidade».

O líder socialista propôs um «pacto para o emprego a todas as forças políticas e a todos os parceiros sociais», num «novo acordo de concertação social de médio prazo», com «políticas orientadas para o emprego» e «medidas de combate à precariedade e à pobreza».

Nesse pacto, foram traçados dois objetivos para 2020: aumentar a taxa de emprego para mais de 70 por cento da população ativa e reduzir o desemprego jovem para metade.

Sobre a política Europeia, António José Seguro admitiu que o euro «foi um fracasso de todos» e pediu «igualdade» entre todos os Estados-membros, através de um «impulso federal».

«Para nós, a opção não está entre estar ou sair do euro. A opção está na urgência de mudar a zona euro e de a completar com a governação económica», concluiu.

Como última promessa, Seguro afirmou que «um governo do PS retomará a reforma administrativa das freguesias», fazendo «correções» com o «maior consenso político e social possível».

=TVI24=

PS: «RESIGNAÇÂO» de Cavaco???

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