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quarta-feira, 24 de abril de 2013

«AQUELE QUE BRINCA ÀS ESCONDIDAS»

Existe em Portugal pelo menos uma pessoa que adora brincar às “escondidas” com os cidadãos. Talvez consiga fazê-lo durante algum tempo, mas acabará, necessariamente, por se trair.

Basta-nos ficar atentos a alguns sinais, quase imperceptíveis, mas que, tudo considerado, desvendem os segredos mais ciosamente guardados, aqueles que se tem a firme disposição de jamais confessar, que se negará, mesmo contra qualquer evidência, aí incluída a evidência do flagrante delito.

Essa pessoa não devia poder mentir, mas bem se percebe que mente. É questão de sensibilidade e de intuição.

É claro que não é preciso ver um mistério em tudo. Se mistério existe, não é necessariamente de ordem moral ou sentimental, mas de ordem social, pois nada liga, nunca ligou aos seus concidadãos, chegando ao ponto de o ignorar totalmente.

E mesmo se o fosse, não se deveria concluir, sem discernimento, sobre a culpabilidade, que é sempre possível, mas que, para ser verdadeira, deve ser provada. Daí a dificuldade do caso de ele gostar de brincar às escondidas com o povo.

Os sinais, sobre os quais falo há muito e que digo quase imperceptíveis, os cidadãos perspicazes facilmente os interpretam.

A vida em Portugal é, geralmente, tão limitada que, nela, cada um fiscaliza todos os demais.

Começa-se, pois, a ter a impressão confusa de que “algo não vai bem!. Essa impressão configura-se, confirma-se, porque em vez de explicar aos cidadãos tudo quant se passou, passa e se prevê passará, não! Quer ele quer o seu delfim, que talvez tenha aprendido com ele a fazer, entrar nos seus prolongados tabus e, se se pergunta porquê, recebe-se como única resposta, “Não sabemos. Mas temos a impressão de que os “bons” políticos devem saber moderar-se e falar apenas nos locais devidos e com quem os compreendam.”

Se fossem médicos, estariam a passar um atestado de estupidez aos cidadãos, mas como o não são, passam-no a eles próprios, já que mais nada sabem fazer, e são muito pobres quanto à compreensão quer da língua-pátria quer da psicologia social.

Quando se tem um animal de estimação, seja um gato ou um cão, se se lhe pisa uma patinha, pega-se nele ao colo, pede-se-lhes desculpa e acaricia-se meigamente.

Mas, quanto ao respeito devido aos cidadãos em geral, que de modo algum são animais de estimação, pelo contrário, além de pisarem os calos, pisam tudo quanto podem e depois riem-se como alarves.

Eles ficam facilmente de mau humor e adoram culpar-nos e culpar aquele único e último governo antes do seu próprio, que só o é devido ao voto dos “estúpidos” que neles votaram, sabendo que mentem com quantos dentes têm na boca, mais os da placa…


E amanhã, proferirão belíssimos discursos,  cravo vermelho na lapela, armando-se em defensores dos direitos da cidadania nacional, quando se limitam a defender os seus apenas e os de seus amigos capitalistas.

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