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terça-feira, 30 de abril de 2013

«A QUESTÃO DO EMPREGO»

Muitas pessoas ligam a sua auto-estima ao seu desempenho profissional. Além disso, muitos de nós dividem as pessoas em categorias, consoante o trabalho que fazem.

Considerando que a actividade profissional ocupa cerca de metade das horas de vigília do adulto que trabalha, não admira que os psiquiatras e os psicólogos vejam o trabalho como tendo uma influência significativa sobre o comportamento de cada um.

Um estudo feito ao longo de dez anos revelou que as pessoas que no seu trabalho são obrigadas a pensar ou a executar tarefas complexas têm tendência para adquirir uma flexibilidade intelectual que transportam para as outras actividades da sua vida.

Com efeito, parecem ter, em geral, um espírito mais independente e aberto a novas experiências do que aqueles que executam trabalhos rotineiros.

Procuram também escolher actividades de lazer intelectualmente atraentes ou a investigar a história da região em que vivem.

O senso comum diz-nos que um trabalhador feliz é mais produtivo que o trabalhador insatisfeito. Contudo, muitos especialistas consideram que a relação entre a satisfação e o bom desempenho é exactamente em sentido contrário ao que a maioria das pessoas julga.

Não é propriamente o contentamento que contribui para o sentimento que contribui para as maiores realizações profissionais, mas o sentimento de realização quando se faz um bom trabalho que leva o trabalhador a sentir-se competente e feliz.

No entanto, as causas e os efeitos não são muito nítidos: estar-se satisfeito e trabalhar-se bem é o ideal de qualquer profissional, e cada um destes estados pode aumentar o outro.

A maioria dos estudos confirma que os trabalhadores insatisfeitos têm maior absentismo e maior tendência para mudar de emprego do que os satisfeitos.

Por outro lado, é evidente que muitos empregados descontentes se mantêm no lugar e continuam a fazer um trabalho apenas sofrível, porque receiam prejuízos materiais e dificuldades na obtenção de um novo emprego.

Para a maioria das pessoas, um bom ordenado é o principal incentivo para trabalhar.

Mas pode haver outros factores igualmente determinantes. Entre eles, o desejo de nos sentirmos produtivos, de vencerem desafios, de serem criativos e de se empenhar em actividades de que gostam.

Uma profissão pode também promover sentimentos de competência e auto-estima, especialmente numa sociedade que espera das pessoas uma actividade regular e remunerada e em que os indivíduos podem  melhorar o seu estatuto social através do trabalho que executam.

Muitas pessoas indicam ainda o convívio com os colegas como uma boa razão para trabalharem. Quais destes factores são mais importantes dependerá do indivíduo, da sua formação, expectativas e ambições.


Estou plenamente convencido de que muitos dos que desfilarão amanhã, Dia Mundial do Trabalhador, se encontram actualmente no desemprego devido à tremenda crise que se vive em Portugal, estimando-se um total de cerca de um milhão e meio de pessoas que militam no desemprego, não condizente com os 17,5% anunciados, pois muitos deles perderam já os direitos a um subsídio de desemprego, e que os actuais dados dizem respeito às estatísticas, que não deixam de estar viciadas, pelos motivos citados.

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