A palavra “depressão” é utilizada para uma
grande variedade de estados psicológicos. Há os estados transitórios e
autolimitados de desilusão, pena ou ansiedade que quase todos experimentam numa
ou noutra altura.
Por outro lado, há a considerar a chamada
depressão clínica, um desespero angustiante, permanente e desproporcionado que
perturba toda a vida da pessoa.
Embora exista um abismo enorme ente um caso
passageiro de “melancolia de domingo” e uma depressão clínica profunda, a
diferença não está propriamente na qualidade das emoções sentidas, mas mais na
sua duração e intensidade.
Os médicos procedem a um diagnóstico de
depressão clínica quando a pessoa sofre alguns sintomas característicos durante
mais de duas semanas: desespero, ataques de choro incontroláveis, letargia, ódio
a si próprio,, exaustão, hipocondria e, em casos extremos, alucinações.
Uma paralisação da vontade pode levar um
indivíduo que está clinicamente deprimido a ser incapaz de agir em casa ou no
trabalho, não conseguindo, por vezes, levantar-se da cama.
Os que sofrem de depressões clínicas não
vislumbram, muitas vezes, o fim do seu sofrimento nem perspectivas de um
bem-estar futuro, o que pode conduzir a intenção ou mesmo a tentativa de
suicídio.
Além de minar a energia do indivíduo e
perturbar quer os seus hábitos de sono quer de alimentação, uma depressão grave
pode provocar mal-estar físico e tornar a vítima mais susceptível a infecções e
doenças.
Não se pense, porém, que a depressão não
possa causa, por si só, sintomas físicos graves.
Podem estar implicadas numerosas outras
causas paralelas, como doenças da tiroide, diabetes, cancro e desequilíbrios
nutricionais. Atribuir as doenças físicas à depressão pode atrasar o tratamento
médico de que estas realmente necessitam.
Porque fica deprimida a justiça?
A perda do seu uso, a mudança para outra
cidade.., podem acarretar infelicidade, preocupações ou dor. As depressões
provocadas por estes eventos, mas também
pelo desprezo a que é votada, chama-se
reactivas, isto é, são uma reacção a causas externas.
As depressões reactivas são comuns e,
curiosamente, salutares sob muitos aspectos, pois ajudam-na a enfrentar os
desgostos.
Isto porque em Portugal todos são inocentes
desde que possuam bens ao luar e se trate de pessoas ditas importantes,
sobretudo no mundo do capital e da política, geralmente interligados; aí, a
maioria dos “médicos” normalmente designados “juízes” considera este tipo de
depressão uma resposta esperada, embora de proporções anormais, as
acontecimentos negativos da vida.
Pelo contrário, as depressões endógenas
devem-se a factores internos, de natureza bioquímica ou genética. Sem qualquer
razão externa desencadeante, pois para esses indivíduos ela nunca existe, uma
pessoa saudável afunda-se num estado depressivo que não sabe explicar.
Os “médicos” definem uma depressão como aguda
quando dura algumas semanas e é reversível; como crónica, quando dura mais
tempo e não reage ao tratamento e quando, sobretudo, afecta pessoas de “baixa
estirpe”, ou seja, pobretões sem eira nem beira, desde que não apresentem
qualquer “cunha” de peso.
Nalguns casos até a estátua que simboliza a
justiça fica deprimida, melancólica mesmo, sentindo vontade de tudo mandar a
determinada banda. Actualmente, existem muitos motivos para considera que a
justiça no país se encontra muito doente, talvez devido a todas as
incompetências com que tem lidado nos últimos anos.
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