Presidente
quer Europa mais activa e decidida numa agenda orientada para o emprego e o
crescimento económico.
Cavaco com
o Presidente peruano
O Presidente da República defendeu nesta sexta-feira em Lima, no
Peru, que “não há democracia política sem justiça social” e que esta também só
existe se se tiver em atenção “as necessidades básicas dos que mais precisam”.
Considerando
que se vive um “tempo de grandes desafios a nível nacional e a nível europeu”,
o chefe de Estado português insistiu na importância de se “avançar mais
decididamente na prossecução de uma agenda europeia orientada para a criação de
emprego e para o crescimento económico”. Por isso mesmo, acrescentou, Portugal
quer “intensificar, de uma forma muito concreta e precisa, a
internacionalização da economia”. E foi para isso que o Presidente se deslocou
à Colômbia e ao Peru com uma larga comitiva de empresários.
Cavaco Silva discursava no
encerramento do seminário empresarial Peru-Portugal e referia-se
especificamente a Portugal, apesar de se encontrar num país onde há um elevado
grau de pobreza. O Presidente da República descrevia, perante uma sala cheia de
empresários portugueses e peruanos, alguns traços da modernidade nacional e as
condições propícias para o país receber investimentos estrangeiros.
“Em Portugal, a consolidação da
democracia foi acompanhada por um forte aprofundamento da disponibilização de
cuidados de saúde e de serviços de apoio às populações”, contou o Presidente da
República, acrescentando que “não há democracia política sem justiça social”.
Tal como “não há justiça social sem atenção às necessidades básicas dos que
mais precisam”, reforçou o chefe de Estado português. “Esta é uma lição que
Portugal retirou da sua experiência de quase 40 anos de regime democrático.”
O Presidente defendeu a cooperação
entre empresas portuguesas e peruanas numa “relação entre iguais e não com uma
delas como dominadora” e voltou a acentuar a ideia de Portugal como porta para
a Europa – sobretudo devido a Sines, o único porto de águas profundas europeu –
um mercado de 500 milhões de consumidores.
Cavaco considera que no mercado
peruano “existe um grande potencial” para o investimento luso e as “afinidades
surgem com muita naturalidade”: “Temos uma língua de origem comum, partilhamos
a atracção pelo mar e somos povos de grande hospitalidade”, a que se somam, nas
palavras do Presidente, “outros interesses mais mundanos como a paixão pelo futebol”.
“A América Latina tem tido um
desenvolvimento notável nos últimos anos. A maioria dos países desta região são
hoje democracias estabilizadas”, como é o caso do Peru, afirmou Cavaco.
No seu último dia na América
Latina, onde fez visitas oficiais à Colômbia e ao Peru, num total de cinco
dias, Cavaco Silva começou por visitar um convento franciscano no centro de
Lima e recebeu depois a chave da cidade das mãos da ‘alcaldesa’ Susana
Villarán, a quem convidou para visitar Lisboa. E vincou que “a cooperação ao
nível municipal, entre os representantes do poder local é uma fonte
enriquecedora de conhecimento recíproco e de troca de experiências”, lembrando
também que as duas capitais são membros activos da União das Cidades Capitais
Ibero-americanas.
A viagem terminou com uma recepção
à comunidade lusa residente no Peru – há 300 pessoas inscritas na embaixada –
tendo o chefe de Estado feito um balanço muito positivo. “Considero esta viagem
entre as mais proveitosas para Portugal que realizei ao longo do meu mandato
como Presidente da República, e entre aquelas que mais contribuíram para o
desenvolvimento económico e social do país e para a projecção internacional” de
Portugal.
O Presidente enalteceu a forma
como a sua comitiva foi recebida no Peru, sobretudo a atenção dada pelo próprio
Presidente da República do Peru que, apesar de ontem à noite ter sido o
anfitrião da reunião dos chefes de Estado da Unasur – União das Nações
Sul-americanas para discutir os resultados eleitorais – e as suas consequências
- na Venezuela, se mostrou inexcedível em atenção com a comitiva portuguesa.
Tanto na Colômbia como no Peru,
descreveu Cavaco, os jantares protocolares acabaram por se transformar em
“espaços de contacto” informais entre os membros dos governos locais e os empresários
portugueses. A comitiva presidencial chega a Lisboa por volta do meio-dia de
sábado.
O PÚBLICO
viajou a convite da Presidência da República.
=Público=
PS: A FRESCURA DA PIMENTA
Que, no «cú» dos outros é sempre fresca, não
é verdade senhor Silva?
Não deve esquecer-se que representa Portugal,
onde a justiça social é tábua rasa, ou seja, onde não existe e onde os
governantes – não se esqueça dos seus tempos de primeiro-ministro e da
colaboração que presta ao senhor Pedro.
Para se poder falar de justiça social
torna-se imprescindível saber de que se trata. E nem o senhor Silva sabe o que
é, nem quer saber e tem apoiado toda a austeridade do custe o que custar, dando
a entender que se sente feliz por ver os portugueses na miséria.
Já se tornou hábito, muito mau hábito,
dizerem lá fora o que jamais dizem cá dentro, e isso já enoja. Veja se tem
cuidado com as especiarias que, se forem demasiado fortes, podem causar danos
ao hemorroidal.
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