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quinta-feira, 25 de abril de 2013

«FOI NA CASA DA DEMOCRACIA»

Que o presidente da República se declarou publicamente o fio de que depende o governo para se manter no poder e poder fazer o que entende, custe o que custar, doa a quem doer – e tem doído muito aos portugueses – proferindo um discurso que demonstra bem que a suposta “independência” e “imparcialidade” do presidente não passa de palavra vã.

Pessoalmente, nunca tive dúvidas de que assim era, de que assim é, pois já com o OE/2013 tomou a atitude de o promulgar sabendo estar ferido de inconstitucionalidades, preferindo ver se todos se calavam e aceitavam o aborto mal parido pelo actual governo, encenando aquela de solicitar a fiscalização sucessiva em vez de a fiscalização prévia.

O presidente da República de Portugal não consegue enganar seja quem for. E, como o não consegue, decidiu tentar desferir mais uma machadada nos portugueses, apresentando-lhes um discurso digno do antes do 25 de Abril, que nunca soube conviver com as regras democráticas.

Portanto, o presidente da República está a mais no panorama político nacional, devendo saber demitir-se, não sem antes dissolver a Assembleia da República e recolher-se no aldeamento da Coelha, onde possui uma casa bem perto de alguns dos implicados no caso do BPN, que nos colocou de tanga e colocou a muitos na miséria e na fome.

Embora continue a não compreender os seus prolongados tabus, compreendo que fale cada vez menos, não vá a boca fugir-lhe para a verdade, que deve convir manter bem guardada dentro de si.

Ter discursado hoje, foi a gota que fez transbordar a água do copo e, a dada altura, se não estivesse a vê-lo e a ouvi-lo, poderia pensar tratar-se de Passos Coelho, não indo ao ponto de dizer que quem lhe escreveu o discurso foi o “donaioroso” primeiro-ministro actual.

Conseguiu hoje pôr a claro que está de acordo com tudo quanto o governo decide fazer, ou seja, implantar um regime opressor aos portugueses, acabar com o Estado Social e fazer dos portugueses meros lacaios de “suas excelências”, que está de acordo com o que se pretende fazer a nível europeu com Portugal e os portugueses, restando-nos a única solução da revolta – revolução popular – e mandar todos esses senhores para o mar coalhado.

Só espero que o PS se mantenha firme e se una a todos aqueles que defendem a solidariedade social, apresentem moções protestativas à própria presidência da República, que os portugueses saiam às ruas e, se necessário, respondam à letra, pois o discurso do presidente foi um verdadeiro “golpe de Estado” palaciano, sob a forma de um simples discurso presidencial.

Ninguém deve sequer imaginar que o presidente está afectado por alguma doença do tipo demencial, como a doença de Alzheimer. Não! Ele disse tudo quanto disse com toda a lucidez, sabendo apelar à divisão entre os cidadãos e, citando Manuel Alegre, «há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não».

E os portugueses saberão dizer não!, ao discurso de uma pessoa que se sente também ressabiada e que, conjuntamente com o primeiro-ministro se limita a pensar na melhor forma de retirar qualquer réstia de dignidade ao povo português.

E, se alguém foi contratado para cantar a “Grândola Vila Morena” no fim da cerimónia comemorativa do Abril de 1974, também alguém deveria ter sido contratado para declamar a “Trova do Vento que Passa”.

Portugal e os portugueses não podem ficar de braços cruzados, assistindo à destruição de todas as conquistas trazidas pelo 25 de Abril, que deverá ser comemorado, pelo menos intimamente, todos os dias e a todos os momentos.


E se alguém houver que não goste… se recorde que «O Povo Unido Jamais Será Vencido"!!!

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