Na apresentação da moção de censura de António José
Seguro, dois dirigentes do PS apelaram a que os países mais ricos da Europa e o
Banco Central Europeu ajudem Portugal a sair da crise. Com mais dinheiro.
Uma ideia passou nas intervenções de Eurico Brilhante
Dias e José Luís Carneiro: Portugal não deve ser responsabilizado pela crise e
deve ter mais ajudas externas. Os países mais ricos e o Banco Central Europeu
devem contribuir.
«Quem tem superávite deve contribuir para um fundo que
financia as despesas com a criação de emprego dos países em ajustamento»,
defendeu José Luís Carneiro, líder da federação do Porto. No capítulo das
exigências, o mesmo orador dirigiu-se ainda ao Banco Central Europeu,
defendendo «o reembolso ao país pelas operações do BCE», órgão, sublinhou, que
resulta da transferência de soberania dos países-membros da UE.
Antes, também Eurico Brilhante Dias, iniciou a
apresentação da moção do líder com a proclamação de que «o problema central de
Portugal não é a sua dívida» mas «o diferencial de competitividade para o Norte
da Europa». Este Secretário Nacional do PS disse que para o PS a «prioridade é
o emprego».
A apresentação do documento político central em
discussão no segundo dia do congresso do PS, em Santa Maria da Feira, incluiu a
rejeição categórica do valor da austeridade. «Afinal estas políticas de
austeridade não são mais do que uma crença ideológica que está a destruir o
projecto europeu», disse José Luís Carneiro.
Insistindo no ponto de uma compensação de Portugal,
Carneiro afirmou que o país precisa é de «mais tempo e menos juros».
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