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domingo, 28 de abril de 2013

Seguro pede maioria absoluta, mas não dispensa coligações

Líder do PS promete «nova cultura» se for eleito primeiro-ministro. Mas avisa que o rigor orçamental e os sacrifícios não vão acabar

O secretário-geral do PS pediu este domingo uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas, sem especificar se as espera antecipadamente ou no final do mandato do atual Governo.

«Pedimos aos portugueses com clareza uma maioria absoluta para governar. Precisamos de condições de estabilidade política legitimadas pelo povo», afirmou, no discurso de encerramento do congresso de Santa Maria da Feira.

No entanto, o líder socialista promete que o «novo rumo» de um futuro Governo com maioria absoluta «não vai dispensar acordos ao nível governamental, parlamentar e da sociedade». «Não descartarei coligações governamentais nem acordos de incidência parlamentar, porque o estado do país não dispensa ninguém», explicou.

No entanto, António José Seguro avisou que um eventual futuro Governo PS não cortará os laços com a austeridade. «Rigor orçamental, contenção orçamental e sacrifícios não desaparecerão do vocabulário. Podemos perder votos, mas não vendemos ilusões», alertou.

Segundo Seguro, o seu novo Executivo promoverá uma «nova cultura do exercício governativo», sem promessas por cumprir ou «ataques aos órgãos de soberania que cumprem as suas funções», exemplificando com o Tribunal Constitucional.

O secretário-geral não revelou se prefere acordos à direita ou à esquerda do PS, mas deixou um recado: «Quem esperava que deste congresso saísse um PS radical, facilitista e irresponsável, enganou-se».

Seguro apenas referiu que a «aliança natural» dos socialistas é com os portugueses. «Recusamos falsos entendimentos ou falsos consensos», completou, propondo uma «convenção para um novo rumo de Portugal, aberta à participação de todos» os que desejem «uma agenda virada para o emprego, a renegociação das condições do programa de ajustamenro, um novo compromisso que garanta o Estado Social e uma Europa federal». 

De acordo com o líder socialista, a ideia é promover a «consolidação» orçamental, «mas sem as suas consequências negativas». Para isso, promete primeiro «parar os cortes e a espiral recessiva» e, depois, renegociar as condições do ajustamento, por uma «questão de credibilidade e realismo». «O programa atual não pode ser cumprido e todos sabemos isso», constatou.

Sobre o congresso que este domingo terminou, Seguro acredita que «mostrou a vitalidade do PS». «Foi o congresso da união, do pluralismo das ideias, e daqui saímos mais fortes, mais coesos e mais preparados para enfrentar os enormes desafios do futuro», concluiu.

=TVI24=

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