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domingo, 21 de abril de 2013

'Programa comum' é o mais importante, diz BE sobre 'nova aliança' de Seguro

O líder bloquista João Semedo defendeu hoje que, mais importante do que "com que se governa", é existir um "programa comum", reagindo à "nova aliança" que o secretário-geral do PS afirmou querer construir, "incluindo todos os progressistas".

"Com quem se governa, resolve-se depois de haver um programa comum, uma base de entendimento muito amplo, que, provavelmente, ultrapassará as fronteiras partidárias. Nós não defendemos um Governo em que estejam apenas os partidos representados, tem de ser um Governo assente num programa", afirmou João Semedo aos jornalistas.

O coordenador nacional do BE falava à imprensa à margem de uma homenagem, em Lisboa, ao fundador do Bloco Miguel Portas, que morreu em Abril do ano passado, vítima de doença prolongada.

"Mais do que com quem se governa é importante saber como se governa. O Bloco de Esquerda tem insistido que o essencial para um Governo capaz de tirar o país da crise, é um Governo com um programa diferente, que aposte na economia e nas políticas de emprego", afirmou.

Para Semedo, o "programa comum" para um futuro Governo terá que ter "por base a recuperação dos rendimentos que os portugueses entretanto perderam" e virar "a página do memorando" com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse na sexta-feira à noite em Coimbra que, no seu projecto de poder, pretende construir uma "nova aliança" com os portugueses, incluindo "todos os progressistas".

No âmbito das celebrações dos 40 anos do PS, António José Seguro disse que, "com o partido unido", na sequência da reeleição como líder, está preparado para ser o candidato do PS "às próximas eleições legislativas, ocorram elas quando ocorrerem".

"Quero, com os portugueses, fazer uma nova aliança", promovendo "a construção de uma alternativa" ao actual Governo de Pedro Passos Coelho, afirmou, explicando que essa alternativa deverá congregar "progressistas, humanistas, democratas-cristãos, social-democratas e socialistas".

O líder do BE disse ainda não ter qualquer expectativa relativamente ao conselho de ministros extraordinário de terça-feira, considerando que se trata de um mais de "um número do domínio da propaganda política, do que qualquer orientação que possa reanimar a economia portuguesa".

Segundo João Semedo, "o Governo está moribundo" e não é dois anos depois de governar em austeridade que vai fazer "surgir da cartola projectos que possam promover o desenvolvimento, o crescimento económico e por aí resolver o problema do emprego".

Lusa/SOL


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