Sempre digo que as pessoas a quem se coloca
um “EX” antes da designação, ex-isto ou ex-aquilo, ex-comunista, ex-PSD,
ex-socialista, ex-governante, ex-casado…, são as piores, pois ex-alam
recalcamentos, ex-clamam termos virulentos, ex-cluem a imparcialidade. ex-cedem
no ódio, ex-cogitam factos, ex-acerbam ira, ex-ageram factos sem qualquer
ex-gese, ex-portam raiva, ex-aram falsidades, ex-ecutam tramóias, ex-plodem impropérios,
ex-aurem bom senso, ex-carceram má fé,
ex-altam o que ontem diziam combater, ex-citam a irracionalidade, promovem as
ex-équias da verdade, e, com isso, ex-asperam a paciência da cidadania, pois
são exemplos típicos de verdadeiras ex-crecências ex-ecráveis que são.
O PS não fala; é o que se vê; cada um vê uma
coisa, eu vejo outra bem diferente, o PSD está no poleiro, auxiliado a subir
para lá pelo próprio PS e a manter-se sobre ele equilibrado pelo CDS.
A partir do dia 25 de Abril, todos ficamos a
saber que quem na realidade governa, desde a sombra e os seus tabus, é um
presidente que se recusa a ver a realidade da nação, sendo o CDS uma “muleta”
de ambos, pois sente necessidade de sustentar a sua própria governabilidade e
ex-istência.
O ex-primeiro-ministro e actual presidente da
República sempre se sentiu um líder, desde o congresso da Figueira da Foz nos
anos 80 do século passado, mas um líder partidário, não aquele de que a nação
necessita.
Dizem que como ele há muitos por aí e que se
preocupam seriamente com tudo quanto se passa nos seus partidos, mas nada se
ralando com o povo, as suas carências e necessidades básicas ou elementares.
Quem governa, ou desgoverna, então, o país
que é Portugal? Ora, segundo uns, Portugal é governado desde Bruxelas, dizem
outros que desde Berlim, com umas pitadas vindas de Paris e que é por isso que
por cá se vive na miséria, na fome, no desprezo tão bem dedicado pelos
presentes e ex-governantes ou similares que apenas pretendem ver engrossar o
volume das suas carteiras.
Mas, na realidade e apesar de muito falar, de
muito dizer, o PS não fala, nada diz, nada faz senão afmar-se como uma
alternativa à governação do país, mas mais nada, a não ser convidar uns
estrangeiros a virem dizer coisas que por si só se recusam afirmar com
veemência, colocando-se ao lado dos cidadãos quando se manifestam contra toda
essa miséria que o assola.
Muito foi dito no dia 25 de Abril deste ano,
dentro e fora da Casa da Democracia, mas como palavras as leva o vento, tudo é,
tudo se mantém como se nada se tivesse passado, como se nada tivesse sido deito
e logo feito, muitas das coisas que passam pelo casuísmo com fins eleitoralistas,
o que coloca as vísceras de uma esmagadora maioria em plena revolução.
E, sem sentir o perigo de errar, afirmo que,
por exemplo, a infinidade de bolsas eleitorais, como o leite, o gás, a
educação, a saúde e outras, estabelecem uma única a que chamo bolsa familiar,
que está bem controlada pelos actuais desgovernantes e políticos em exercício.
Já pouco se fala dos «casos» que abalaram e
abalam ainda Portugal e os portugueses, essencialmente os de menores recursos,
como o do BPN e suas ramificações que nos conduziu (ram) à degradante situação
que vivemos, mas que também conduziram alguns a situações económicas e
financeiras bem melhores que as que tinham antes.
Depois, muitos dos “ex” arranjaram um bode
expiatório sobre cujo lombo lançaram todas as culpas de todos os males que
afectam Portugal e os portugueses, os eternos mártires das péssimas políticas e
abusos de confiança cometidos por todos eles, os tais “ex” que, apesar de tudo
se mantêm actuais, ocupando lugares de destaque e ganhando verdadeiras fortunas
isentas de qualquer imposto, porque os tais bodes expiatórias, verdadeiras
bestas de carga, tudo pagam.
E, como bodes ex-piatórios, o melhor será,
pensam e dizem os políticos e governantes, mas também o presidente da República,
obedecer sem soltar nem um só pio.
Sem comentários:
Enviar um comentário