O presidente da Câmara de Oeiras, que está preso desde
quarta-feira, só deve cumprir um ano da pena por fraude fiscal e branqueamento,
o equivalente a metade, escreve o Sol. Por agora, Isaltino Morais está sem
direito a visitas e aos charutos que tanto aprecia, aponta o DN. O jornal i
adianta, por seu turno, que o autarca não poderá gerir a Câmara de Oeiras a
partir da prisão.
Isaltino
Morais foi detido na quarta-feira e levado para o estabelecimento prisional da
PJ, em Lisboa, onde começou a cumprir a pena de dois anos de prisão a que foi
condenado por fuga ao fisco e branqueamento de capitais.
O processo
fica marcado pelo recorde de processos judiciais para evitar a cadeia e os
advogados já disseram que a detenção é “ilegal”
.
O
presidente da Câmara de Oeiras deve, contudo, passar apenas um ano na prisão,
escreve hoje o jornal Sol, uma vez que a lei prevê que possa ser dada liberdade
condicional aos arguidos que já tenham cumprido metade da pena. A decisão cabe
ao Tribunal de Execução de Penas, que terá em conta o comportamento do detido
na prisão, além da forma “socialmente responsável” como se prevê que viva em
liberdade.
O jornal i
noticia, por seu turno, que Isaltino Morais não poderá continuar ao comando da
autarquia a partir da prisão. A ideia de que o autarca poderia continuar a
dirigir o município enquanto cumprisse a pena de dois anos de prisão é
“totalmente descabida”, de acordo com o especialista em direito penal e
administrativo Paulo Saragoça da Matta. Até porque a lei não o permite, como
estabelece o artigo 67 do Código Penal. Esta norma determina que “o arguido
definitivamente condenado a pena de prisão, que não for demitido
disciplinarmente de função pública que desempenhe, incorre na suspensão da
função enquanto durar o cumprimento da pena”.
De acordo
com o Diário de Notícias, Isaltino Morais, que é um conhecido apreciador de
charutos, até queria entrar no Estabelecimento Prisional com um saco deles,
além da medicação, mas só teve luz verde para levar os medicamentos. O jornal
adianta que o autarca não terá direito a visitas nem a telefonemas até à
próxima terça-feira, o último dia da paralisação da greve dos guardas
prisionais. Excepção poderão ser os telefonemas de Isaltino para o seu
advogado.
Além
disso, e até acabar a paralisação dos guardas, Isaltino poderá apenas fumar os
cigarros que são vendidos na prisão.
N. M.
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