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terça-feira, 23 de abril de 2013

Finanças detetaram contratos «especulativos» nas empresas públicas

Ministério de Vítor Gaspar está a negociar com os bancos e revela que o Governo vai «apurar responsabilidades». PGR admite abertura de inquérito criminal aos swaps

O Ministério das Finanças admitiu esta segunda-feira a existência de contratos com «estruturas altamente especulativas» nas empresas públicas mas garantiu que o Governo vai apurar responsabilidades.

O Governo reagiu, assim, às notícias que apontam para alegadas irregularidades nos contratos de derivados feitos por várias empresas, nomeadamente no sector dos transportes. 

De acordo com uma nota das Finanças - e depois de serem analisados os instrumentos financeiros - «concluiu-se que vários destes contratos têm características problemáticas por não se tratarem de meros instrumentos de cobertura de risco e incorporarem estruturas altamente especulativas».

Aliás, as perdas totais associadas a estes contratos (swaps) chegam mesmo aos 3 mil milhões de euros, ainda que «não» tenham sido «celebrados (contratos deste género) na vigência deste Governo», esclarece o documento.

O Executivo garantiu ainda que está agora a renegociar alguns destes contratos com a banca e que «o prazo para termo deste processo negocial foi fixado para final desta semana», sendo que estão acionados «os mecanismos tendentes a apurar eventuais responsabilidades, nos termos mais amplos admitidos».

PGR admite abertura de inquérito criminal aos swaps

O jornal «Diário Económico» anunciou esta segunda-feira que dois secretários de Estado - Paulo Braga Lino da Defesa, e Juvenal da Silva Peneda da Administração Interna - terão abandonado as funções na sequência das investigações a estes contratos que estão a ser feitas pela Inspecção Geral das Finanças e pelo IGCP.

O mesmo jornal adianta ainda que a Procuradora-Geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, está a recolher elementos para decidir se avança com um processo criminal no caso dos contratos de financiamento de alto risco [swaps] realizados pelas empresas do Estado, nomeadamente o Metro do Porto.

O que são swaps?

Na prática, os swaps são instrumentos financeiros criados que servem para proteger os cliente de uma eventual subida das taxas de juro (normalmente a referência é a Euribor a três meses), acordando normalmente um valor fixo ou indexado a outra variável. Ora, se os juros subirem, os clientes ficam protegidos mas se descerem, como aconteceu com os contratos das empresas públicas, então o banco é quem mais sai a ganhar.

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=TVI24=

PS: E depois foram os portugueses que se habituaram a viver acima das suas possibilidades..!!!

Façam com que todos esses ladrões paguem pelo que roubaram!!!

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