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terça-feira, 30 de abril de 2013

«AS FICÇÕES NA VELHA LUSITÂNIA»

Desde há cerca de dois anos que por cá se vive numa espécie rara de ficção, de mentira constante, de hostilidade contra ela que a história, agressão de um governo contra o povo, ganhou alento e forma; de modo a consagrar-se na história do nosso país, mas também da própria Europa e do Mundo.

Que a rebelião goze de uma honorabilidade devida, basta para disso nos persuadirmos e reflectir no modo como são qualificados os espíritos que lhe são propensos.

Àqueles que preferem manter-se na sombra, mesmo vivendo miseravelmente, chamamos-lhes frouxos.

É quase certo que estamos fechados a todas as formas de sabedoria, porque apesar de lermos e de ouvirmos falar de graves discussões entre vários membros do governo, venha o primeiro-ministro a público dizer que no seu “clube” se trabalha sob a máxima coesão.

Uma vez mais o senhor Pedro, aliás como é seu hábito, pretende tomar-nos por parvos ou mesmo idiotas – não é de todo a mesma coisa – sabendo que nós sabemos haver graves cisões no seio de um governo que, apesar de recente, já apodreceu, pretendendo arrastar-nos para a mesma podridão que o afecta.

Sabedoria e rebelião: dois venenos governamentais. Porque tudo o que vem do actual governo ou já vem podre ou não demora a fica completamente nesse estado.

Não deixa de ser verdade que, na sua aventura luciferina, adquiriram uma mestria que jamais possuiriam na sabedoria.

Para nós, a própria percepção é sobressalto, começo de transe ou de apoplexia.

Perda de energia, vontade de gastar as nossas disponibilidades.

Insurgir-se perante todas as coisas comporta uma irreverência para consigo próprio, para com as próprias forças. Onde iríamos buscar forças para a contemplação, essa despesa estática, essa concentração na imobilidade? Deixa as coisas na mesma, olhá-las sem as querer moldar, apresentar a sua essência, nada de mais hostil à orientação do nosso pensamento: aspiramos, pelo contrário, a dar-lhes forma, a emprestar-lhes as nossas “raivas”.

E assim deve ser contra esses idólatras do gesto, do jogo e do delírio, devemos arriscar tudo para correr com eles da governança, ao mesmo tempo que tentamos escapar à fome e à miséria que pretendem oferecer-nos, apesar de tudo o que já nos vimos coagidos a dar sob a forma de impostos e mais impostos que nos colocaram no limiar da pobreza.
Porque não há saída para aquele que, ao mesmo tempo, ultrapassa o tempo e nele se atola, que atinge por entre sobressaltos a sua última solidão e, porém, se afunda na aparência.

Que surja e se expanda uma petição a nível  nacional que exija do presidente da República a única tomada de posição possível, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas que nos liberte, e liberte Portugal e os portugueses de toda a opressão que o actual governo exerce sobre todos nós.

Em pouco tempo o senhor Pedro não só mostrou o que afinal pretendia, que se resume ao aniquilamento da democracia tal como deve ser vivida e entendida por todos os cidadãos e pelos próprios políticos.

Queremos voltar a viver sem a troika, sermos independentes e não nos vermos obrigados a ajoelhar ante Frau Merkel ou outros sicários do demónio económico e financeiro europeu e mundial, pois há todo um outro mundo no qual Portugal e os portugueses podem e devem poder viver.


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