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terça-feira, 30 de abril de 2013

PCP reúne-se com Governo mesmo não reconhecendo «seriedade política»

Comité Central respondeu à carta reafirmando as posições comunistas
O PCP admitiu reunir-se com o Governo apesar de considerar que o convite «não corresponde a um propósito de seriedade política» e disse aguardar novo contacto do executivo a confirmar o interesse no encontro.

A resposta do Secretariado do Comité Central do PCP ao convite feito pelo Governo para debater propostas para o crescimento foi endereçada ao ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, e divulgada nesta segunda-feira pelo gabinete de imprensa comunista.

Na resposta, o Secretariado do Comité Central do PCP sustentou que a disponibilidade manifestada pelo Governo «para um encontro para debater a denominada Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial - 2013/2020 não corresponde a um propósito de seriedade política».

«Na verdade, apresenta-se desprovida de qualquer credibilidade o enunciado de um punhado de medidas e promessas para o crescimento económico subordinadas e amarradas a um Programa de Ajustamento que é em si mesmo uma condenação ao declínio e à recessão, ao desemprego e à dependência», defendeu a direção comunista.

Independentemente desta posição, das críticas à política do Governo e das opiniões do PCP sobre o rumo do país, a direção comunista disse que aceitará o encontro caso o Governo «continue a considerar oportuna» a reunião proposta, advertindo desde já que «nesse momento» reafirmará as posições «agora explicitadas».

Na carta dirigida ao ministro Miguel Poiares Maduro, o Secretariado do Comité Central do PCP defendeu que o «crescimento económico e criação de emprego são inseparáveis de uma política que liberte o país da dependência e do rumo de exploração e de saque dos recursos nacionais de que o governo é entusiasta executante».

Para o PCP, o que «o país reclama para assegurar o seu desenvolvimento soberano é, não da submissão a um programa que é uma verdadeira agressão ao país e aos interesses nacionais, mas sim a rejeição do Pacto de Agressão».

O PCP lembra ainda que está agendado para a próxima quinta-feira um debate parlamentar para a discussão de um projeto de resolução comunista «com propostas concretas para resgatar o país do declínio económico e social em que se encontra».

«O Governo tem pois ainda a oportunidade de, com a sua presença, participar nesse debate», desafiou o PCP.

=TVI24=

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