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domingo, 28 de abril de 2013

«PEDIDO DE MAIORIA ABSOLUTA»

O secretário-geral do PS, no seu entusiástico discurso de encerramento do XIX Congresso do seu partido, acabou por pedir aos portugueses uma maioria absoluta para, talvez, poder mudar o que está de errado, e está muita coisa, no país.

Afirmando estar na hora de mudar, e há muito, demasiado tempo que assim é, isto é, que está na hora de mudar aquilo que nunca deveria ter sido começado, prolongado pelo senhor Pedro até colocar os portugueses nas piores condições de vida pelo menos desde o 25 de Abril de 1974, sem que tenha, todavia, conseguido melhorar a gravíssima situação que se vive no país.

Desde Santa Maria da Feira, Seguro empolgou-se ao ponto de fazer promessas que só muito dificilmente poderá cumprir caso venha a ser primeiro-ministro de Portugal.

Mas também desde Santa Maria da Feira, de modo muito subtil soube enviar alguns recados ao presidente da República, que no dia 25 de Abril proferiu um discurso digno de um líder partidário e não de um presidente da República que deveria saber manter-se independente.


Afirmando que só com bons exemplos(?) o PS poderá aspirar a merecer a confiança dos portugueses, propôs um novo rumo para Portugal, pedindo aos portugueses uma maioria absoluta, afirmando estar aberto a progressistas, humanistas, democratas-cristãos e independentes.

Por princípio contra as maiorias absolutas, que”inebriam” e proporcionam graves atropelos à própria democracia, devido ao excesso de confiança e à falta de voz das oposições e se tornam  geralmente perversos, preferindo coligações pontuais, no caso do PS deveriam realizar-se entre os partidos de esquerda, recebendo o apoio dos militantes de base e criando ao mesmo tempo uma plataforma estável liderada pelo PS como o maior partido, embora ouvindo outras forças de origem popular da cidadania, legitimadas pelo voto dos portugueses.

Deveriam recordar-se de quem tanto lutou durante a ditadura fascista contra as tiranias exercidas e praticadas sobre os portugueses, e esses foram, sem dúvida alguma aqueles que hoje são, automaticamente colocados de lado e fora do tal arco da governação, apesar de serem os que mais propostas apresentam e de grande utilidade para a população menos favorecida, ou de maior utilidade para as PME e a criação de postos de trabalho.

A proposta de um novo rumo para o país e as coligações governamentais deverão ser previamente traçado e elaboradas para que todos saibam em quê e quem quem votam.

Apesar de se afirmar como “não vendendo ilusões”, deu a entender que afinal tudo não passa de mais um grande conjunto delas.

A primeira mudança de rumo deveria ser a de traçar um regresso às suas verdadeiras origens sem pretender ocupar certos espaços que servem apenas para manter um poder, se conseguido, que não deixa de ser fictício.


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